Se havia que vinha incomodando a oposição – ou parte dela – em BC era a postura light do deputado federal em exercício Fabrício de Oliveira. Mais preocupado com as questões nacionais, Fabrício quebrou o gelo e usou a tribuna para criticar o prefeito ERD.
No seu discurso de quinta passada, o deputado afirma que a prefeitura de Balneário Camboriú está na contramão da tendência nacional, onde centenas de prefeituras anunciaram cortes de gastos e medidas de austeridade. O exemplo mais recente foi o da quase vizinha Brusque. Para o deputado, o momento é delicadíssimo sob o viés da economia e da criação de 11 novas comissões remuneradas e duas secretarias municipais em Balneário Camboriú. Levantamento feito pela assessoria do parlamentar aponta que, somente nas comissões, serão criados 75 novos cargos, onde serão empregados aliados do prefeito em um ano pré-eleitoral.
“Nós estamos enfrentando uma crise federativa neste país, onde os municípios estão, acima de tudo, enxugando a máquina. Mas em Balneário Camboriú, a lógica está sendo diferente,” comparou ele, salientando que as secretarias em questão são as secretarias de Compras e da Transparência.
Sobre a nova pasta de Compras, o deputado assinalou que já havia um departamento, onde a necessidade não era de um novo organograma e sim de uma limpeza no departamento que já existe. “O Gaeco descobriu uma verdadeira quadrilha (no departamento de Compras),” lembrou Fabrício em referência aos 46 indiciados por diversos crimes.
ELEFANTE BRANCO
O deputado também destacou que Balneário Camboriú, infelizmente, virou notícia negativa na mídia estadual e nacional pela famosa obra da passarela da Barra, que está parada e deveria custar R$ 23 milhões, com finalização prevista para dois meses. “Já faz três anos (que se iniciaram as obras),” acrescentou ele. Além disso, o elefante branco consumiu, até o momento, mais de R$ 30 milhões (confira no vídeo em anexo). “A passarela representa um enorme desperdício de dinheiro público,” apontou o socialista.
“A cidade de Balneário Camboriú vai contra o combate à crise,” salientou Fabricio, lembrando, ainda que, enquanto isso, a gestão da Saúde no município continua um caos, com destaque para as constantes reclamações e dificuldades de atendimento no Hospital Ruth Cardoso. O deputado também criticou o desperdício de dinheiro público com alugueis. “A prefeitura paga R$ 8,5 mil por mês de aluguel de uma casa que está fechada na quarta avenida. Ali, deveriam funcionar duas farmácias públicas para atender a população mais carente,” salienta o parlamentar.