Uma das pautas das ruas foi a reforma política. Os políticos acuados anunciaram uma ampla reforma política. Passou o tempo logo após a grande manifestação de junho de 2013, e recentemente o Congresso Nacional aprovou algumas tímidas mudanças, mas que, mesmo assim, seria um avanço. As doações privadas e a reeleição talvez tenham sido as mais relevantes, mas os políticos entenderam que a janela para mudança de partido de político com mandato estava acima dos outros dois. A doação privada foi aprovada pela Câmara, proibida pelo Senado e retornou à Câmara. A reeleição estará fora se a reforma for sancionada até dia 2 de outubro. Acontece que os políticos querem uma janela de transferência assim como acontece no mercado do futebol. O prazo seria o mesmo 2 de outubro, mas eles querem o mês de abril de 2016, data que não teria agradado a Presidente Dilma Rousseff por motivos óbvios envolvendo o seu partido, o PT. Os rumores cada vez mais fortes que chegam de Brasília é que nada acontecerá até dia 2 de outubro e tudo ficará como d’antes no quartel de Abranches. A condução político partidário eleitoral da reforma demonstra que os interesses dos parlamentares estão desconectados do clamor das ruas.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Fotos Públicas