Tomo como ponto de partida um release que recebi sobre o posicionamento do vereador Claudir Maciel em diminuir o número de membros das comissão remuneradas e a diminuição do salários dos cargos de confiança e vereadores. Recebi na sexta e fiquei surpreso que foi capa do Página 3 em sua edição de sábado. Surpreso porque não faz muito tempo um concurso público apetitoso em tempos de crise com salários bem acima dos padrões das prefeituras da região. Surpreso também porque na mesma sexta-feira foi publicado decreto do prefeito ERD regulamentando uma comissão permanente, a do escritório de projetos (?!?!) com todos os salários extras para os muitos membros. Tipo de comissão que deveria prestar contas públicas mensalmente por ser permanente e pouca gente da população saber o que venha a ser escritório de projetos.
Surpreso porque é um debate cosmético. O governo não tem interesse de economizar e, se tivesse, não pratica no cotidiano da prefeitura onde o desperdício é endêmico. Não se tem controle sobre nada. A gestão da prefeitura como empresa é um desastre e só mesmo quem vive o dia a dia dos setores – seja lá de que secretaria for – pode dimensionar o estrago que está sendo causado para o erário público. Com relação do procolo sobre as comissões, de que adianta reduzir o número de membros se o mérito é outro, o da necessidade e operacionalidade destas comissões. Afinal, quantas são as permanentes? Quais são as temporários? Quanto custa? Que resultados elas oferecem a população?
Mesmo assim parece que o posicionamento de Claudir Maciel tenha repercutido pelo menos dentro da sede da Câmara, aquela localizada na detonada Avenida das Flores e que os vereadores não conseguem enxergar. Segundo sei, a reunião seria só para dar uma satisfação ao Jornal Página 3 que noticiou até sobre a possibilidade de Balneário Camboriú não contar com 19 vereadores, algo que não está no discurso de Claudir que bem poderia exercer sua legitimidade porque ele e Fabrício Oliveira foram os que votaram por 10 vereadores. Na reunião que teria sido convocada pelo cambaleante presidente da casa também na pauta estariam o Plano de educação e Plano Diretor.
Isso tudo sem citar o Trato Feito, um libelo do desperdício do dinheiro público.