A Justiça norte-americana tem como foco a rede de corrupção que envolveu o mundo do futebol através de sua entidade maior: a Fifa. A corrupção como fonte primária do poder foi a conclusão pela polícia e justiça norte-americana. Por conta disso, muita gente já havia sido encarcerada. Dirigentes de todas nacionalidades, inclusive José Maria Marim, presidente da CBF. Desta vez, mais dois nomes são arrolados pela justiça dos EUA: Ricardo Teixeira e Antonio Polo Del Nero.
Destes três, Ricardo Teixeira é o mais poderoso deles. Conviveu com o auge da corrupção. Ficou muito tempo a frente do CBF, conheceu todos os caminhos e usufruiu o suficiente do esquema que se formou sobre a administração do futebol. Figura antipática, arrogante e desprezível aos olhos dos que acompanham o futebol, Teixeira começa a colher tudo que plantou. Depois de entregar a presidência da CBF, pegou o primeiro avião para Miami. Exilou-se precavido de uma possível abertura de processo contra ele no Brasil. Por ironia do destino, o mesmo Ricardo retornou ao Brasil assim que o cerco estava se fechando em território norte-americano.
Del Nero, o atual presidente, pediu licença do cargo para se defender da acusação. Se renunciasse quem assumiria era o presidente da Federação Catarinense, Delfim de Pádua Peixoto Filho. Marim está de tornozeleira eletrônica em Nova York. Senhores já sessentões, setentões sendo enquadrados pela justiça. É o crime da terceira idade.
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil (Arquivo)/Fotos Públicas