Hugh Laurie se confunde com o Dr Hregory House, da série House. Também é cantor de blues. O Vendedor de Armas é sua incursão como escritor. Ele constrói a narrativa amarrando o leitor com muito humor britânico, como esse: “não vá para Casablanca achanado que será como no filme. Na verdade, se não estiver muito ocupado e sua agenda permitir, não vá para Casablanca. As pessoas se referem muito à Nigéria e a sua vizinhança costeira como o sovaco da África; o que é algo injusto porque o povo, a cultura, a paisagem e a cerveja daquela parte do mundo são, pela experiência que tenho, de primeira (…) Mas se a Nigéria é o sovaco, o Marrocos é o ombro. E se o Marrocos é o ombro, então Casablanca é uma grande, vermelha e desagradável espinha naquele ombro”. Quem narra é Thomas Lang, o vendedor de arma.
O livro vai bem até seu final, um emaranhado confuso com personagens sumindo do nada. A surpresa final é sofrível, algo que John Grisham definitivamente não aprovaria. Mas pelo humor, vale a leitura.