Lages, no interior de Santa Catarina, fica a quase 3,5 mil quilômetros de distância da cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. A distância que separa as duas cidades não é empecilho para que populações com vivências tão contrastantes, sejam cheia de semelhanças. Seja um tropeiro serrano e um vaqueiro do sertão, seja os artistas que pintam as paisagens de cada local, ou as benzederias e curandeiras, cada personagem retratado no longa-metragem Da Serra ao Seridó – Vivências de um Brasil de Contrastes carrega consigo parte histórias que contribuíram para a construção cultural de suas regiões.“Acho importante os espectadores conhecerem as vivências desses personagens através de suas memórias. Trabalho um documentário de memória, onde aquilo que a pessoa vive se torna latente através de seus gestos, formas de se expressar e mais. É o momento de ouvir o outro e perceber o quanto nossas experiências são humanas e nossas riquezas estão contidas dentro de nós mesmos”, comenta o cineasta Fernando Leão que assina o documentário que será apresentado ao Brasil no dia 9 de maio com o documentário. O longa-metragem apresenta as semelhanças entre duas localidades geograficamente distantes, mas muito próximas pelas tradições e costumes de seus povos.
PRODUÇÃO
As gravações do material começaram a ser feitas em 2012 e a pós-produção começou em 2013 e foi finalizada no início de 2015. O primeiro local a receber a equipe para as filmagens foi o Seridó, em fevereiro de 2012. Em julho do mesmo ano, os produtores estiveram na Serra Catarinense.
Após meses de trabalho, com um vasto material captado (foram 54 entrevistas efetuadas), a equipe de pós-produção enfrentou uma difícil tarefa: selecionar os melhores depoimentos e transformar as imagens brutas em um sensível filme que traduz a essência destes povos. A ideia original do projeto era produzir um curta-metragem, mas com a quantidade de material captado, o curta virou um longa. “Conseguimos trazer para o filme pontos que retratam as semelhanças, como a arte das paisagens locais, os curandeiros e as histórias das pessoas; e o contraste, como o clima tão diferente”, analisa Fernando.
Das 54 entrevistas captadas, 14 entraram na montagem final do filme, que tem 90 minutos de duração. A pré-estreia do filme vai acontecer na terra natal do cineasta, Lages, no dia 9 de maio, em uma das mais belas salas de cinema do Brasil, o Cine Marrocos. A exibição será às 20h30min. O longa-metragem é dirigido por Fernando e contou com o suporte do historiador Lourival Andrade Jr., que é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
PRODUÇÃO – Arsego Produções
CO-PRODUÇÃO – Baiuca Filmes
PATROCÍNIO – Correio Lageano, Dalmolin Pneus, Disauto, Prefeitura Municipal de Lages, Fundação Cultural de Lages, Prefeitura de Cruzeta/RN, Lafi Cosméticos, Transul.
APOIO – Arcoplex Cinemas, Onda Sonora, Transitoriamente, UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, CERES – Centro de Ensino Superior do Seridó
Por NÚBIA GARCIA, Assessoria de Imprensa