Na mesa, PF Olodum e os advogados Lucas Zenatti, Carlos Eduardo Ferreira e Douglas Beber Rocha
“Tolerância zero” as “sacanagens” e “babaquices que não deixam digitais”. As aspas são partes da mensagem do advogado Carlos Eduardo Ferreira na entrevista coletiva convocada pelo PSB para anunciar que as difamações contra o candidato a prefeito Fabrício Oliveira partiram de um IP da prefeitura de Balneário Camboriú.
Acompanhado na mesa por mais dois advogados e a simbólica presença do policial federal Olodum, Ferreira relatou o que foi providenciado judicialmente após a denúncia noticiada pelo Jornal Página 3 há praticamente um mês e a decisão caneteada pelo juiz eleitoral Roque Cerutti com a quebra do sigilo que apontou um IP da prefeitura como origem as calúnias contra o candidato a prefeito.
“A decisão do juiz foi feliz e pedagógica”, afirmou Ferreira reafirmando a disposição de coibir o que ele chamada de “a velha prática da velha política” através de um serviço de inteligência permanente até o último dia da campanha eleitoral.
Enquanto ouvia o advogado falar um filme passou pela cabeça das antigas eleições municipais nos tempos do mundo analógico cujas sacanagens não deixaram digitais e acabaram virando lenda. Lembro de duas ações que viraram lenda: na eleição de Luis Castro, em 92, circulou um panfleto xerocado com as figuras de Castro, Dado e Pavan um enrabando o outro; em 96, na eleição de Pavan, choveram notas de dólares com a cara de Pavan estampada, lançadas de um teco teco qualquer.
Só que agora é tudo digital. Os terroristas de plantão têm poucas chances para produzirem lendas.