No Brasil tudo acaba em esculhambação. No exercício desta crise política surgiram os coxinhas e os mortadela para identificar direita e esquerda. A direita, sem rumo de lideranças políticas, chorava suas decepções com o não tão bom menino Aécio Neves. Ele já não é mais neto de Tancredo, é só mais um não confiável. Então a direita meio envergonhada optou por Jair Bolsonaro. Aos neo bolsos restou procurar argumentos para convencer os outros que Bolsomito (como chamavam) não é tão monstro assim. Ele pode ser doce.
Os coxinhas, boa parte deles, demonstrava desconforto com a alternativa até que surge João Dória, prefeito eleito em primeiro turno da maior cidade do Brasil. Era o protótipo do coxinha, mas que ninguém sabia do que se trata esta novidade. Em 30 dias, Dória revelou-se um populista à moda coxinha. Vive expondo-se nas ações que vem desenvolvendo na cidade, especialmente a sua limpeza. Se comporta como um relações públicas algo que sempre foi no mundo do jet set. Está sempre na mídia embora afirma que não faz as coisas para a mídia.
Seu êxito pode representar um novo cenário para a sucessão presidencial na disputa com o líder do mortadelas, o velho, e abatido, Luis Inácio.
Foto: Cesar Ogata/SECOM-PMSP/Fotos Públicas