Lá atrás, antigamente, a economia da região sul do Rio Camboriú era dominada pela agricultura. Se plantava de tudo, do café a cana de açúcar e muita mandioca. A presença de engenhos era comum por todas as partes, da Barra à Praia do Mato de Camboriú. Circulava quase nada de dinheiro. O escambo predominava. Parte desta história foi resgatada pelo fotógrafo Flavio Fernandes que acaba de lançar o livro de imagens Rodar do Engenho, com o incentivo da LIC.
Flavio acompanhou as atividades da família Damásio, de Taquaras, desde o plantio até o processo de produção de farinha. Todas as belas fotos são em preto e branco e são de inestimável importância no processo de registro da atividade econômica que dominou aquela região desde antes de Balneário Camboriú ser transformada em município.
Parte negativa fica por conta do texto de apoio onde faltou uma revisão mais cuidadosa. Identifiquei dois erros de informação. Balneário Camboriú nunca se chamou Praia de Camboriú na condição de município, somente quando foi distrito entre os anos de 1959 e 1964. Bem que os vereadores de Camboriú tentaram criar o município Praia de Camboriú, mas em nenhum momento foi assim chamada oficialmente. O nome de criação foi Balneário de Camboriú, nome alterado para Balneário Camboriú em 1968. Outro descuido de revisão foi atribuir a Gilberto Meirinho a expansão da estrada para Taquaras em 1966, quando na verdade foi no período em que ele foi prefeito, isso em 1976. Em nada desmerece o trabalho de Flavio Fernandes.