Na minha coluna no Diarinho venho escrevendo sobre a barca de dispensas do governo FO/CH. Dispensas e remanejamentos. Por mais de um mês fiquei aguardando o anúncio oficial, mas como ninguém se manifesta decidi perguntar. Pergunta daqui, pergunta dali e algumas revelações confirmadas em off em respeito as fontes. Uma coisa é certa: Edson Kratz e Fernando Marchiori, dois nomes que estão com Fabrício desde o começo deixam de ser super secretários para ocupar cargos secundários, uma demonstração que o prefeito sucumbiu às pressões.
“Bola, já ouvisse falar em guardar segredo?”, ouvi isso de um alto escalão do governo. Este segredo já vem de longe como me confidenciou um colaborador próximo. A barca não é recente. Vem de longe, segundo me assegurou o colaborador. Falta mesmo é tomada de decisão. Kratz começou o governo como super secretário, acumulando Obras e Planejamento. Em um ano e três meses quase nada mudou no cenário urbano da cidade. Os mesmos problemas tão criticados na época do governo ERD perduram, mas apesar disso Kratz é considerado um nome de confiança. Foi avisado por terceiros que não continuaria na obras e vai acabar na Compur. Quer dizer “saíram” com o Kratz, muito provavelmente por pressão.
Fernando Marchiori, braço direito de Fabrício Oliveira, deveria assumir a secretaria de Administração. Não foi porque os funcionários públicos teriam dito não ao seu nome. Com fama de cú de ferro, Marchiori ganhou a antipatia do funcionalismo quando foi colaborador no governo Rubens Spernau. Por ser homem de confiança acabou na secretaria de Compras, o grande centro de corrupção do governo ERD que resultou na Operação Trato Feito. Marchiori parece ter dado jeito no setor, mas, por excesso de cuidado algumas licitações acabaram não acontecendo. E parece que não agradou. O nome de Marchiori está sendo especulado para assumir o BC Previ, um cargo de consolação. Enfim, foram afastados nomes de confiança de dois cargos complexos sujeitos a focos de corrupção dependendo de quem assume. Para o planejamento o nome mais cotado é o de Rubens Spernau. A princípio Fabrício não queria, mas acabou cedendo e liberando o convite ao ex-prefeito de BC. Até onde se tem conhecimento, Spernau teria aceitado assumir o cargo. Se o ex-prefeito vem com tesão para trabalhar, ótimo para a cidade, caso contrário…
Wesley Galvão (foto) não é mais secretário da Fazenda. Foi num post no Facebook que soube que o secretário vindo do Rio de Janeiro é ligado a igreja e chamado de pastor nos comments. No seu lugar mais um mistério.
Ninguém fala o nome, mas trata-se de um profissional do governo do Estado, meio que colocado de escanteio pelo governador Pinho Moreira. O misterioso nome teria sido levado para o governo do estado pelo ex-governador Luis Henrique.
Teco Kuehne (foto) também não fica no esporte. Quem assume é o vereador David La Barrica, convidado pelo prefeito há mais de dois meses. Teco vai para a Câmara. Enfim, seria esse o exercício de especulação. Fique com a declaração em off de um alto escalão do governo: “Agora não está em jogo só a simples mudança, tem muito mais coisa envolvida. Logo saberá”. Quanto mistério em um governo que prometeu transparência nos seus atos.