Desde 1927 a Revista Time elege uma personalidade do ano. Já foram homenageados pessoas ditas do bem e do mal. Geralmente é uma personalidade viva, mas nos dois últimos anos a publicação elegeu mais de um. Ano passado as mulheres que romperam o silêncio aos assédios sexuais e neste ano a homenagem a uma série de jornalistas vivos… e mortos. O saudita Jamal Khashoggi assinado em outubro, feito em picadinhos por incomodar os poderosos da Arábia Saudita talvez seja o mais conhecido.
Há também entre os “persons of the year” a filipina Maria Ressa, perseguida pelo regime de Rodrigo Duterte, dois repórteres da agência Reuters presos: Wa Lone e Kyaw Soe Oo, da Birmânia, além dos cinco funcionários do jornal Capital Gazette, de Annapolis (Maryland, EUA), mortos em um ataque ocorrido no mês de junho.
Em um mundo onde a não verdade prevalece nos debates públicos e a função do jornalista questionada por interesses escusos, a homenagem da Time reconhece que a informação deve sempre prevalecer sobre as manipulações premeditadas como a disseminada capa com Jair Bolsonaro sendo a personalidade do ano da Time. É fake.