A maioria dos brasileiros deposita uma esperança danada sobre a figura de Jair Bolsonaro, o outsider que comandará o país nos próximos quatro anos. Ele não é nenhum não político, pelo contrário, é um profissional da política. Acontece que ele construiu um discurso que o povo quis ouvir, misturando todas os fantasmas vividos pelo país nos últimos anos embalados pela pela principal crise: a econômica. Sem ela não haveria o grau de insatisfação que chegou ao seu ápice em 2013 naquela grande chamada do vem prá rua.
Ameaça de socialismo? Até a saída de Lula não havia ameaça comunista a se julgar pelo índice de aprovação que ele desceu o planalto. Mas, com uma Dilma fraca, uma lava jato que corroeu a ladroagem pluripartidária e outras crises mais como a segurança, Bolsonaro foi ganhando terreno e os corações dos eleitores, na sua maioria formada por analfabetos políticos, repetindo um discurso maniqueísta que divide o país entre o bem e o mal.
No seu discurso de posse, o ex-deputado fala em acabar com o politicamente correto. Não sei o que é politicamente correto e o que vem a substitui-lo. Imagino que pelo politicamente incorreto. O que é politicamente incorreto? Sei lá. Acho que nem Bolsonaro sabe, mas faz parte do discurso que deu certo, afinal quando um “Mito” fala quem é capaz de contraria-lo.
Foto: Valter Campanato/Ag Brasil/Fotos Públicas