Quem gosta de quadrinhos, ilustrações e afins tem no norte americano Robert Crumb uma referência. Eu não tenho nenhuma afinidade com o traço, mas tenho algo em comum com ele: o blues.
Nascido no início dos anos 40, Crumb começou a desenhar desde criança. O personagem Fritz, the Cat é resultado de suas primeiras experiências com o desenho na infância. Crumb cresceu e se apaixonou por algo velho, o blues. Teve banda e sempre alimentou o gosto pelo blues. Dizia que Sinatra era uma bosta, ou algo do gênero. A música moderna, idem.
Sua paixão pelo blues rendeu o livro Blues com histórias sobre a música norte americana, quadrinhos de personagens malditos como Charlie Patton, blueseiro do início do século para Crumb muito mais representativo do que Robert Johnson.
Além das histórias em quadrinhos, o livro apresenta o traço inconfundível de Crumb em capas de disco (quem não lembra da capa do álbum Cheap Thrills, da banda Big Brother and the Holding Company – leia-se Janis Joplin), filipetas e cartazes. Um livro obrigatório na estante de quem cultiva a cultura do blues e dos quadrinhos.