(ou) o fim do mundo está próximo.
Até que os cientistas (não os religiosos) achem o antídoto milagroso, o fato é que a humanidade está batendo cabeça nesta guerra contra o vírus invisível. Sim, trata-se de uma guerra contra um inimigo comum, embora as pessoas (não todas, mas uma boa parcela) encarem como se fosse uma guerra contra inimigos visíveis perdendo seus tempos ao procurar culpados como se isso fosse salvar suas vidas. Todos, eu disse todos, estamos vulneráveis. Estamos sujeitos ao contágio. Alguns mais (os libertários que se sentem-se inatingíveis), outros menos (os que procuram se preservar).
As pessoas não se deram conta que a união é fundamental para o enfrentamento. Saindo do global para abordar o local (mas que serve para todos), aqui onde vivo, Balneário Camboriú, deveriam todas as forças produtivas estar sentadas, juntas, à mesma mesa buscando alternativas sem cores partidárias e ideologias falidas, afinal quer mais socialista que o capitalismo em época de pandemia?
Nenhuma universidade que formou os maiores economistas do mundo tinha em seu currículo economia em tempos de pandemia, então não existe um pó solúvel para resolver nossa situação financeira. Estamos todos juntos e, por enquanto, sem uma solução. Do que adianta abrir tudo sem consumo? As pessoas estão com medo e não irão se expôr viajando ou circulando em locais de aglomero. A economia terá que renascer não sei se por uma nova perspectiva de comportamento até porque na média geral o ser humano não admite seus erros por pior que seja o obstáculo.
Estamos aqui tentando viver, se pudesse, numa bolha adaptada ao corpo para poder circular. Temos máscaras, luvas, mas quem nos garante a vida – ou o não contágio – com esses cuidados, afinal ninguém sabe é nada. Recebemos zilhões de informações, a maioria não isentas de interesse e acabamos perdidos sobre o que, de fato, estamos vivendo. Enquanto perdurar esse cenário político encarando os diferentes como adversários , o vírus se fortalece e amedronta cada vez mais, ao ponto de acharmos que estamos próximos do fim do mundo. Ter que viver para sempre preocupados em usar gel, lavar roupa, deixar tênis de molho, não praticar esportes, que vida é essa, senão o fim do mundo?
Foto ilustrativa: Joel Muniz/Unsplash.com