Cena 1 – terça-feira, 10hs30
A fila na agência do Banco do Brasil da Avenida do Estado está curta, mas parada. No interior da agência fiscais e PMs conversam com funcionários. Saio para retornar mais tarde.
Cena 2 – terça-feira, 11hs30
A fila na agência do Banco do Brasil da Avenida do Estado está extensa como nunca. Reparo que a o mesmo senhor de chapéu está no início da fila. Fiscais e PMs estão ainda lá dentro.
Cena 3 – Terça-feira, minutos depois.
O PM sai pela porta giratória. Dá de cara comigo e me aborda perguntando o que eu estava fazendo ali: pensei em responder ‘estou te esperando’, mas como de focinheira não dá para ver minha expressão então vazei em direção ao final da fila que, nestas alturas já fazia curvas no interior da agência, algo que nunca havia visto.
Cena 4 – Terça-feira, na sequência.
O PM, acompanhado dos fiscais, vai em direção a fila e meio que deu um esporro que aquilo não poderia acontecer. Muita gente. Ele não percebeu que foi em função de toda a demora provocada por ele e os fiscais que a fila “quilometrou”.
Cena 5 – Terça-feira, na sequência.
Resolvi ir embora. Fora da agência vi uma policial colando o cartaz de notificação risco de Covid19.
Cena 6 – Quarta-feira, 11hs20
Chego na agência. A fila está formada na parte externa e não mais lá dentro. Estava chovendo, mas aguardei conversando com outro mascarado da fila.
Cena 7 – Quarta-feira, minutos depois.
Acesso a agência, passo a porta rotatória. Faço o que tenho que fazer e descubro que uma mulher com 500 mil na conta foi saber quando entraria os 600 reais solicitados ao governo.