“Já vamos para três meses e as crianças matriculadas na rede de ensino municipal estão fechadas em casa sem uma rotina de estudos. É um trabalhinho aqui, outro trabalhinho ali, mas nada que seja sistemático. Entendo a situação até porque boa parte dos pais das crianças não conta com computadores em casa. Mas fico meio assim quando envio mensagem para a secretária e ela responde que estão elaborando um plano… sem mais para o momento”. Essa nota publicada na última edição da Coluna do Bola causou um reboliço na secretaria de Educação. Recebi mensagens de “que triste” “lamentável”, um vídeo de reportagem na RIC Record e até a sugestão que escrevi isso porque não consegui vaga no Ceja, veja só que coisa. Admiro o corporativismo da educação, mas publiquei o que a secretária Rosângela Borba respondeu.
Segue abaixo a resposta da secretária, na íntegra, ao que foi publicado: “Há sim um plano emergencial da educação que está sendo construído e alinhado com os 11 municípios da AMFRI, amparado pela FECAM. Estamos alinhados com as recomendações do Ministério da Educação e o que até o momento está preconizado são as aulas online e quem não pode, retira o material impresso na própria unidade escolar. Essas até o momento são as orientações e nós estamos procedendo dessa maneira. Quando retornarmos sim, nós entendemos que vamos precisar fazer uma retomada desses conteúdos, porque nós entendemos que faz muita diferença o trabalho do professor presencial, ainda mais nessa fase da vida da escolaridade dos alunos de educação infantil e ensino fundamental. Entendemos que as aulas à distância são muito mais comuns para ensino médio e universidade, nós temos esse entendimento por isso que quando retornar as atividades, nós pensaremos sim em retomar os conteúdos que estão sendo trabalhados. Tanto é que no plano emergencial também temos a aprovação do conselho municipal de educação, estaremos alinhados juntos com o conselho e tudo o que estamos fazendo está de acordo com os protocolos do MEC.Nosso Município foi pioneiro no lançamento da Plataforma, estamos nos reavaliando a todo momento, os professores estão nesta tarefa de se redescobrir de fazer suas aulas, então tudo o que é pra ser feito do dia pra noite nós estamos fazendo, nós estamos trabalhando sim e com um plano sério, que está sendo construído a muitas mãos e que a Secretaria está acompanhando toda a evolução. Assim que nós tivermos a condição de voltar nós estaremos também retomando esses conteúdos. Lembrando que essa plataforma é uma maneira de aproximar o educando e as famílias ainda da escola, uma vez que fisicamente ainda não é possível. O apoio da família faz toda a diferença, principalmente com os alunos mais novos, pois mesmo os alunos que tem acesso a internet podem não estar acessando a plataforma diariamente, como deveria. A Secretaria está refinando a plataforma e fazendo uma verificação de quantos alunos, quantas escolas, quantas turmas estão acessando, e com estes dados de participação é possível refinar ainda mais ainda as atividades prestadas nessa plataforma”.