O caso do bate boca virtual que virou processo e um embargo como recheio.
Ontem recebi do advogado Lucas Zenatti um PDF do ex-secretário do Planejamento do prefeito ERD, Auri Pavoni/P&P Construtora contra o ex-secretário do planejamento do governo FO, Vladimir Trautwein. Agradeci ao Zenatti, observei sobre o motivo do envio e ele respondeu que foi para alguns jornalistas que tem contato tomar conhecimento.
Isso foi de manhã. Com mais coisas a fazer só fui acessar o PDF com 202 páginas e dois processo no final de tarde: um da P&P Construtora e outro de Auri Pavoni, os dois contra Trautwein. Depois de ler e ficar estarrecido com tudo que vi de um bate boca no whats, mandei mensagem para Zenatti agradecendo a oportunidade de tomar conhecimento da baixaria que provocou todo esse, diria a princípio, jus sperneandi de Pavoni, uma figura que quer ser pública, mas que adora sair processando o contraditório por mais vil ou inteligente que seja o argumento. Percebo que ele processou até o Magrissa!! Mas isso é detalhe.
O fato é que no final do ano passado Trautwein, Auri e André Guimarães (leia-se BC Port) se envolveram num “produtivo” bate boca num desses grupos de whats que não serve para nada a não ser disseminar fofocas e cizânias. Trautwein não se intimidou disparando sua metralhadora giratória para atingir Auri, um personagem com alto fator de ICI nas suas passagens pela vida pública (roubei a sigla de Reinaldo Azevedo que quer dizer Índice de Coincidências Incríveis) e que foram lembradas pelo colaborador do prefeito FO, na época um segundo escalão do governo.
No final de fevereiro, por conta do desligamento de Carlos Humberto da secretaria, Trautwein assumiu o Planejamento interinamente. No início de abril uma obra da P&P no Bairro dos Pioneiros foi embargada com manchete do Diarinho do prédio que de 19 saltou para 36 andares. O embargo foi de 3 de abril e Auri ajuizou processo contra o secretario em exercício dia 7 de abril. Não por causa do embargo, mas pelo diálogo de botequim travado no grupo BC Política que teria, segundo a inicial, motivado o embargo.
Não vou aqui entrar no mérito da questão sobre o prédio que de 19 foi para 36 andares através de mecanismos legais tipo ICON/ICAD, cujos certificados foram expedidos dia 29 de dezembro 2016, último dia do governo ERD pós derrota eleitoral (com a assinatura da candidata derrotado Jade Martins acomodada no planejamento) em mais um ICI de tantos que cercam o autor, mas a partir daí começou uma série acontecimentos nos bastidores para desqualificar o ato tipo:
– Trautwein persegue o empresário, já que há outras situações semelhantes não embargadas;
– Que quem assinou o parecer dando razão ao embargo é um condenado (insinuação maldosa contra um servidor aprovado em concurso);
– Porque Auri é candidato (?!?!)
Enfim, dia 20 de maio os advogados da P&P ajuizaram pedido de mandado de segurança com liminar para que seja liberada a obra da construtora. Praticamente na mesma data que Rubens Spernau assumiu a Secretaria do Planejamento no lugar de Trautwein. O juízo, antes de decidir, abriu um prazo de 10 dias para a prefeitura se manifestar.
Caberá a Spernau bancar ou negar a ação de sua secretaria. Comenta-se nos bastidores do alto da Dinamarca que o corpo técnico da secretaria apoiou a ação de embargo e o profissional responsável (aquele que argumentam ser condenado) teria negado razão a construtora que protocolou um pedido administrativo de revisão ao embargo.
Foto ilustrativa: Ahmed Zayan/Unplash.com