Neil Young é um cara fantástico. Sua razão de viver é a música. Quem leu a autobiografia sabe disso. Sua discografia é rica, extensa e… interminável embora tenha 74 anos. A mais nova pérola de NY é Homegrown, álbum resgatado da gaveta depois de 45 anos. Não consegui ouvir todas as faixas do álbum, mas o suficiente para me remeter a melhor fase do guitarrista na década de 70.
Homegrown não foi lançado porque Young tinha dois álbuns prontos. Optou por lançar Tonight´s the Night. O álbum engavetado é demasiadamente pessoal, resultado de seu sentimento diante de seu rompimento amoroso com Carrie Snodgress, que já havia sido inspiração para outros músicas como as clássicas Harvest e Words. Aliás, a sonoridade do álbum resgatado lembra em muito o álbum Harvest, de 1972.
Young tinha, ou tem ainda (?), muitos trabalhos não lançados. Lenda viva do rock, Neil Young nos prega essas surpresas agradáveis de vez em quando. Sua obra construída durante tantos anos, a voz meio que anasalada, o jeito “silvícola” de dançar no palco empunhando sua guitarra de sonoridade acachapante e distorcida capaz de sangrar é que faz de Neil Young dos maiores ídolos que o rock já produziu.