Tenho Budapeste há um bom tempo na biblioteca. Finalmente li. Poderia escrever aqui algo como ouça Chico Buarque, não leia, mas poderia ser uma frase clichê para qualquer um que encarou o romance e não gostou. O fato é que o romance não empolga. Você espera alguma coisa que não aparece nas cento e tantas páginas. Um incentivo aos meus autorais que estão na gaveta.
O roteiro pensado pelo autor não se aproxima da inspiração de suas clássicas canções. Mesmo me sentindo familiarizado com o personagem central, um ghost writer, não me empolguei em nenhum momento. Com certeza há um contexto de tudo isso. Talvez a própria escolha da capital húngara como pano de fundo de um romance, mas o leitor não tem nada com isso. Extremamente intimista, a narração chega a sumir com personagens sem qualquer escrúpulo, algo pouco provável nos bons romances.
Mas enfim. Chico é Chico. Com seu Budapeste ganhou prêmios. Fazer o quê? Ele é famosão.