Álvaro Silva
BC perdeu mais um de seus personagens históricos na segunda-feira passada com o falecimento de Álvaro Silva. Nascido em Gaspar, mas passou a ser morador da então Praia de Camboriú ainda bebê quando seus pais Bruno e Rosinha decidiram aventurar no litoral. Filiado ao PSD, foi eleito vereador na primeira legislatura com 26 anos de idade, impedido de ser candidato a sucessão de Higino Pio justamente por ter assumido a prefeitura com a morte do titular, já que era o presidente da Câmara (não havia a figura do vice-prefeito). Sua grande decepção política foi ter sido derrotado por Gilberto Américo Meirinho e a partir de então passou a ser um colaborador dos governos do estado e cuidar de sua vida e de sua família. Álvaro foi um grande incentivador do livro que lancei esse ano Balneário Camboriú: Formação Social, Econômica e Política. Meus encontros com ele para relembrar o passado era comuns durante os três últimos anos. Meu último café com ele foi na quinta-feira, véspera de seu falecimento, quando devolvi um livro que me emprestou e um álbum de fotografias. Na ocasião, na sua chácara em Taquaras, lembrou que alguns de seus amigos estavam morrendo pelo Covi19. Álvaro faleceu na paz, sem dor ou sofrimento, bem do jeitão dele.
Pois é…
… escrevendo aqui sobre Álvaro, ele, assim como o senhor Fernando Delatorre, costumavam dizer sobre personagens esquecidos da história de BC quando viam esse verdadeiro varejo de homenagens de cidadãos honorários e beneméritos que a Câmara de Vereadores promove todos os anos. De fato, você vê alguns nomes que nada fizeram por BC (a não ser para eles mesmos) ostentando tal honraria.
Cesare Barontini
Um dos esquecidos é o italiano Cesare Barontini, o homem que “assinou” o primeiro prédio do então Distrito de Camboriú, o Edifício Eliane. Pois não é que na sua despedida o vereador Moacir Schmidt inventou de homenagear Barontini dando “sobrenome” a Rua 971? Pois é. Rua 971 – Cesare Barontini. O que, na prática não serve para nada, basta observar a tal Avenida do Estado Dalmo Vieira.
Precedente
Salvo engano, os vereadores reforçam, irresponsavelmente, um precedente aberto com a denominação de Rua Osmar Nunes para uma rua que era numerada. Perceba o salvo engano. Se querem mesmo mudar a convenção numerada proposta pelo jornalista Silveira Júnior então que o façam de uma vez por todas sem gambiarras. É um investimento caro, mas se é isso que os vereadores querem sem sequer ouvir a população que o façam. Meu medo é “homenagear” nomes que$tionáveis.
Voto minerva
A denominação da Rua foi aprovada com voto minerva, sob a desculpa de pressão. Putz… pressionado por um nome de rua épacabá. Imagina quando o assunto for muito mais relevante.
Pois bem…
…. quando vejo vereador se manifestando sobre a história da cidade, personagens, eventos etc e tal nem considero porque sei que eles cagam e andam. No velório do Álvaro Silva vi dois dos 19 da atual legislatura (nenhum da próxima) que num ato de respeito se fizeram presentes: Arlindo Cruz e Marcelo Achutti. Aí fico pensando quando vi uma mensagem no celular de que autoridades teriam solicitado que o velório fosse na Câmara. Prá quê? Prá dizer que foi lá se nem os vereadores se dão ao respeito?
Jantarzinho
Lembram que o governador Carlos Moisés esteve em BC na sexta-feira retrasada, não é? Olha como são as coisas. Moisés foi tratado como traidor, xingado, tentado um cancelamento em mais um golpe da democracia brasileira, enfim defenestrado. De uma hora para outra ele foi iluminado de volta ao cargo. E em BC com direito a um jantar oferecido pelos empresários que apoiam Fabrício de Oliveira que teria acontecido na residência do cartorário Otávio Margarida.
Secretariado
Pelo jeito, o prefeito reeleito trocará os do primeiro escalação sem qualquer estratégia. Tipo vai levando e deixando que as especulações pululem. Como no caso da secretaria de Educação que seria uma indicação da primeira dama. A única coisa certa, por enquanto, é na Administração, troca já devidamente anunciada. Sai Edson Bertelli, entra Eduardo “Mupi” Krewinkel. Bertelli, indicado pelo vice CH está no governo desde o início. Sai a pedido, segundo ele informou em mensagem. No seu lugar assume o Mupi que havia me dito há um tempo que não pretendia assumir qualquer cargo de primeiro escalão. Conversou com a família e mudou de ideia. Um bom nome.
Plano de manejo
Deve acontecer a qualquer momento a assinatura do decreto do Plano de Manejo da área da APA que envolve as praias agrestes. Muitos proprietários de terrenos aguardam ansiosos o decreto com as regras de ocupação daquela área que rendeu muitas reuniões, convergências, divergências e jogo de interesses (alguns econômicos), mas que enfim está aí pronto aguardando a boa vontade do prefeito Fabrício Oliveira.
2021
Depois de um 2020 de merda, desejo a todos um 2021 cheio de saúde e livres do lesa pátria que foi eleito sob a bandeira mentirosa da anti-corrupção e que, na pandemia, revela-se um negacionista/isolacionista.