A grosso modo, ser fraterno é ser afetuoso, amigável, cordial. Digo isso, porque o prefeito Fabrício Oliveira defendeu um “diálogo fraterno” para justificar sua candidatura a governador. Desde que o prefeito de BC se manifestou aconteceram pelos menos dois episódios que eu, na minha ingenuidade, enviei mensagem esperando um posicionamento seu. Claro que fiquei no vácuo. Aí vejo Sebastian Vettel na Hungria desafiando o autoritário Vikto Órban da forma mais fraternal possível: posicionando-se. Não se omitindo.
Voltando ao Fabrício, apoiador seu comentou antes mesmo de confirmada sua pré-candidatura. “Se o cristão realmente quiser, ele será governador. É de longe o melhor combo para o cardápio de Santa Catarina”.
Feito o registro, vejo que ser fraternal para Fabrício é não se indispor com nada e com ninguém. É (des)agradar gregos e(ou) troianos. Explico: recentemente seu colaborador, o Mazoca (sua equipe), foi flagrado destruindo sem dó árvores na Sexta Avenida. Tratores basicamente assassinaram árvores, tudo filmado. Havia um parecer da secretaria do meio ambiente, de 2020, indicando o que podia fazer. Mazoca ignorou o documento e deixou sua companheira de governo, a secretária do meio ambiente, em saia justíssima. Enquanto o contribuinte enfrenta toda uma burocracia para derrubar uma árvore, a prefeitura se vale de uma espécie de utilidade pública para destruir árvores nativas. Fabrício não se manifestou e ainda postou vídeo no seu insta “elogiando-se” pela limpeza do Peroba com as árvores decepadas.
Outra situação gravíssima foi a invasão do insta e site do evento BC em Cena, que foi realizado com grana pública. Estúpidos anônimos carregaram no preconceito xingando viados e pretos sujos. E ainda marcaram o prefeito na hackeada. O que ele fez? Calou-se fraternalmente, deixando para a Fundação de Cultura assinar uma nota de esclarecimento ao invés de uma nota de repúdio.
Sem mais, Vettel é um supercampeão… no esporte e na fraternidade.