Quando reajo com um “é top” sobre algo que gosto a Patrícia enlouquece. Ela não gosta, eu também não muito, mas, enfim, traduz um sentimento de coisa boa, então tá valendo. Neste 2021 difícil, menos difícil que 2020, mas difícil, quero falar de pessoas e coisas que passaram incólumes por essa exceção existencial que vivemos desde que a famigerada pandemia chegou para nos consumir.
Deixarei os podrões, aqueles que emanam negatividade, de fora dessa. Quero exaltar coisas boas. Então, sem sequência desse ser mais do que aquele – e sem troféu – aí vai o reconhecimento da Publixer para:
Artes plásticas – Luís Felipe Berejuk, artista plástico, começou na rua (street pra ficar mais alinhado). Lembro de, em 2017, ter convidado para meu programa de rádio na 99. Na época, achei ele e seus comparsas de street meio crus na arte. Não me agradava ver seus nomes espalhados pela cidade em forma de grafitte, mas, desde então venho acompanhando o trabalho de Berê e toda evolução no conceito e diversidade nos seus traços artísticos urbanos e não urbanos.
Artes plásticas – Jorge Schoreder é um fera. Profissão artista e promoter da arte, em especial a arte da escultura. Recentemente reconhecido e laureado oficialmente pelo “establishment” estadual. Bem merecido.
Artes plásticas – Vejam o que emerge da pandemia. Duas galerias de arte em BC. Que tesão isso. A Miu, na Rua 1500, e a Cosmos na Avenida Brasil. Devo visitas as duas galerias, mas venho acompanhando as atividades das duas. Muito bom isso.
Padel – O reconhecimento vai para o Bolacha que, louco, construiu 10 quadras de primeira linha para divertir os praticantes. Nem ele imaginava que tinha tanta gente afim de jogar padel. Não que eu concorde da forma de negócio dele, mas para quem pratica padel como eu desde os anos 90 posso afirmar que é a nova Disney do padel depois do reinado do Ok Center, em Nova Hamburgo.
Praia – Não que eu concorde com a prática política de Fabrício Oliveira, mas temos que reconhecer a sua determinação em realizar o engordamento da praia, um anseio antigo da comunidade já cogitado no início dos anos 70 com o então prefeito Gilberto Meirinho.
Mercado Pirata – Todos os chapéus possíveis têm quer ser tirados para os rapazes do Mercado Pirata. Permaneceram fechados durante toda a pandemia sem a tentação de abrir por questões comerciais. Comeram o pão que o diabo amassou para manter a dignidade e todo o reconhecimento agora que reabriu – de leve como dever ser. Longa vida ao Mercado Pirata.
Arthouse – Na verdade esse é o nome fantasia para a perseverança, crença, teimosia, satisfação de André Gevaerd, um eterno apaixonado pela sétima arte, destemido manager do Arthouse a casa mais descolada de arte e cultura de BC. Lindo ver a frequência da casa que nos traz películas que não estão nos shoppings da vida.
Santo Livro – Não tenho muito o que dizer da resistência da Livraria Santo Livro, na Alvin Bauer. Só sei que é lindo.
Big Wheel – Não tem como não colocar a Big nos tops. Um investimento em plena pandemia que valoriza ainda mais a nossa BC. Agora vai rolar o aniversário de seu primeiro aninho. O reconhecimento se estende a todos os empreendimentos de caráter turístico que movimentam a cidade e que sofreram muito no auge da pandemia.
BC Mil Grau – Deixo por último por estar ligado diretamente a minha atividade profissional, o jornalismo. O que o Mil Grau faz é a mais pura contemporaneidade do jornalismo. Linguagem curta e grosa, baseado na imagem e com colaboradores por todos os lados. Não tenho a menor dúvida que muitos dos personagens de rua de nossa cidade surgiram para aparecer nos stories do Mil Graus. Revolution total.
Desculpe se deixei você de fora, não foi por mal. Os tops foram produzidos sob a audição da https://www.rockclassicbits.com.br/puro-blues. Ouça.