O ano de 2021 foi bastante promissor para o padel mundial com sua expansão para novos países na Europa, no Oriente Médio e passando por bons bocados em Miami. Muito graças ao trabalho desenvolvido pelos executivos do WPT e APT e, também, não podemos deixar de creditar a personalidades do esporte que praticam e investem na modalidade como o sueco Ibrahimovic e o francês Zidane.
Vamos recordar o ano:
WPT
Com calendário cheio depois de um ano 2020 cheio de problemas o circuito da WPT que reúne os melhores jogadores do mundo foi bem intenso, especialmente no masculino por conta de uma dupla improvável: Paquito Navarro/ Martin Di Nenno. Enquanto algumas duplas foram desfeitas durante a temporada como Belasteguin e Sanyo Gutierrez, a dupla surpreendeu chegando a etapa máster com chances de ser tornar a número 1 da temporada. Não deu. O reino tem dono: Juan Lebrón/Ale Galán. No feminino deu Alessandra Salazar e Gemma Triay, seguidas de perto pelas jovens talentosas Paula Josemaria e Ariane Sanches.
APT
A liga de Fabrice Pastor vem crescendo a cada ano. Para 2022 já foi anunciado as novas e atraentes premiações que já atraiu pelo menos um atleta do WPT, Tito Alemandi. É a liga onde estão os brasileiros JP Flores, Lucas Cunha, Stéfano Flores e Júlio Julianoti. Os dois últimos formavam uma dupla vencedora. Chegaram a número 1 do APT, mas anunciaram a separação recentemente. Falta ainda ao APT uma certa identidade com duplas mais permanentes. A impressão que fica é que a direção da liga é que determina quem joga com quem entre os atletas que não estão na primeira gaveta.
AJPP
A associação argentina realizou um circuito bem competitivo com 13 torneios com pontuação entre 1000 e 2000 neste ano (sem contar os menores de 250 e 500 pontos) e revelou talvez a mais promissora dupla de todos os cantos do universo do padel. Trata-se de Juan De Pascual e Leandro Augsburger. Qual será o futuro dos dois jovens? Parece que a foto (na companhia de Fabrice Pastor) pode indicar.
Panamericano
Uma das melhores coisas que aconteceram no padel foi o pan-americano sênior realizado em Camboriú, no Delta Padel. Engana-se quem acha que a Argentina sobra. Nada disso. Todos os países representados demonstraram muita qualidade. Na principal classe na categoria 55 anos, o título foi do Brasil com o “véio” referência na modalidade, Beto Ferreira (foto).
Seba Nerone
Quem se despediu do padel competitivo foi Sebastian Nerone, 45 anos, número 1 do mundo em 2001 e um dos mais respeitados do circuito mundial com 25 anos competindo na elite da modalidade. Trata-se de uma lenda viva do padel. Se não podemos mais assistir Seba, podemos ouvi-lo como comentarista do WPT TV.
No Brasil
Por aqui não se pode deixar de destacar o crescimento do padel em número de clubes em diferentes cidades em Santa Catarina e de praticantes. Entretanto, o padel de competição se restringe aos torneios isolados promovidos pelos clubes. Não se tem um calendário nacional (no site da Confederação até a data de hoje, nada) e, tampouco, aqui no Estado. O Paraná até tentou, mas não passaram de duas etapas em 2021. A Liga dos Atletas também está devagar, quase parando. Para os atletas jovens fica difícil crescer no esporte. Não se tem uma referência de ranking para poder crescer no esporte. E isso é lamentável. Apesar de tudo ainda somos a terceira força do mundo no masculino (foto mundial do Qatar), atrás de Espanha e Argentina.