O encontro entre Jorge Bornhausen e José Dirceu causou muito histerismo entre correligionários – ou não – do Kaiser. O acusam de traidor e insinuam acordos espúrios entre eles, veja só você leitor.
Fiquei sabendo do encontro através de um vídeo enviado por um amigo pelo Whats. Neste vídeo estava um Prisco Paraíso indignado, soltando os cachorros contra Bornhausen, bem coisa de mulher traído. Naqueles minutos Prisco fez de tudo, menos jornalismo. Dizem, não vi, que outro formador de opinião, Moacir Pereira, também ficou brabo com Bornhausen por ter tomado um whisky com um ladrão. Eu que acompanho a trajetória dos dois acho até compreensível a reação.
Depois desse vídeo recebi mensagens no whats de amigos indignado. Como Bornhausen faz uma coisa dessas? Oras bolas, JKB é um político, sempre foi. Argumentei aos indignados que a política é a arte do diálogo, sem exclusões. Lembro de uma vez tê-lo entrevistado para o Jornal de Santa Catarina. Emplaquei a editoria de política com um título do tipo ‘os petistas são tudo xiitas’, mas, apesar de sua aversão ao petismo, ele sempre foi um político do diálogo. Não sei porque tanto espanto.
Mandei essa foto da abertura da matéria (a capa de A Nação quando foi confirmado governador do estado nomeado em 1978) para JKB no intuito de convida-lo para uma entrevista visando o livro que estou em fase de pesquisa e junto mandei uma mensagem a respeito da polêmica conversa. Ele comentou a respeito e como não pediu off reproduzo alguns trechos como a frase que abre essa matéria.
“É evidente que temos posições políticas ideológicas antagônicas e continuaremos a ter, mas conversar com dignidade sempre enobrece”, comentou Bornhausen sobre o encontro que aconteceu no condomínio onde mora. “A cortesia tem que existir para que nos momentos difíceis o diálogo predomine para o bem do país. Entramos e saímos com as mesmas posições, mas sem semear o ódio que só traz prejuízo a todos”, concluiu.
O resto é histerismo e jornalismo parcial.