Eleição para a câmara
Faltando 10 dias para o dia da eleição municipal, o Publixer faz uma projeção de futurologia baseado na grana declarada pelos candidatos. Aquela história de que se o dinheiro elege de fato o candidato teríamos uma composição assim distribuída: PL 6; MDB 4; Cidadania 2; Pt 2; Podemos 1; PSD 1; PDT 1; DC 1; Novo 1 e PP 1. A soma é de 20, porque os dois últimos a entrar declaram o mesmo valor.
Observação
O Publixer analisou a situação de 88 candidatos de diversos partidos, uma amostragem ok para revelar algumas curiosidades a respeito da eleição para vereador. Foram realizadas duas pesquisas, uma na semana passada e a segunda, hoje. De uma semana para outra, 22 dos 88 candidatos pesquisados movimentaram a arrecadação de suas doações.
Mil a cada um declarado
Antes de analisar as situações diversas que as verbas declaradas, registre-se o que uma velha raposa disse a respeito de financiamentos de campanha. Segundo ele, exageros (ou não) a parte, a cada um real declarado é gasto mil reais. Usshhh!!
Zero, mas…
… entre os candidatos pesquisados, 17 declaram 0 de recursos. Perguntei para chegados em duas candidaturas zeradas, dois candidatos que poucos apostariam, mas que estão em campanha. Um deles disse, doei no estilo Aducci (imagino que sem declarar). O outro disse que tá botando do dele, mas…
Empresários
Todo mundo que participa de campanha sabe que os escritórios de empresários são procurados em busca de uma verbinha. Então, aí você confere as doações e quase ninguém investe!!! O que vi ali: Os Silva (Carlos Humberto e filhos), a Tatiane, filha do RR (leia-se Embraed), o dono do Shopping… o que recordo são esses. O restante é tudo “Aducci”, como diz a raposa velha. Ahhh, o Victor Forte, que é candidato, investiu na Kiki Pereira, não é empresário, mas é curioso.
Os zerados em campanha
Há aqueles que estão na campanha para ganhar (ou tentar ganhar). Você vê com evidência as suas publicidades, mas, oficialmente, não gastaram nada. Exemplos: Elton Garcia, Ricardinho da Saúde, Humberto D’Alecio e Walter Baldi.
O caso Omar
O ex-presidente da Câmara, presidente do União Brasil, Omar Tomahli é candidato e declarou nada até agora. Perguntei a ele por que seus colegas de partido receberam fundo e ele próprio não. Ele disse que está esperando.
Os fundos e os não fundos
Dos 88 candidatos, 23 declaram são financiamento privado. Alguns exemplos: Teco Kuehne, Arlindo Cruz, Artur Gayer, Bola Pereira, Bruno Costa, Claudio Kraus, Dani Serpa, Dudu Mafra, Guilherme Cardoso, Jade Martins, João Koeddermann, Laurindo Ramos, Marcelo Achutti, Mazinho Mirtanda, Naifer, Richard Olivette e Nena Amotim.
Recursos próprios
Há os que estão se auto financiando, pelo menos oficialmente. Exemplos: Nelson Oliveira e Sidney Gonçalves.
Os liberais que amam a grana pública
Por mais irônico que possa parecer, dois partidos liberais usam o fundão sem qualquer constrangimento: o PL e o Novo. Se somarmos 4 das cinco candidaturas mais caras da campanha (Vitor Forte, Jair Renan, Marcos Brollo e Kaka Fernandes) temos 560 mil reais declarados. O PL trata seus candidatos com desigualdade. Uns receberam uma mixaria e outros, como Arlindo Cruz, nada. Se somarmos os valores declarados dos últimos 13 candidatos que estão entre os 20 que mais gastaram não chega ao valor dos privilegiados candidatos do PL.
O caso Novo
O caso do Novo é existencial. No discurso desprezavam o fundo eleitoral. Era uma questão de honra até que caíram na real. Que eles são iguais aos outros. Exceto, Naifer, todos os candidatos pesquisados pelo Publixer receberam fundo.
O fundo eleitoral por partido
Os partidos se relacionam com o fundão de forma diferente. Tipo: PSD, PSDB, MDB, PL e PDT considerando o universo pesquisado investem “conforme a cor dos olhos lindos dos candidatos”. A velha política de investir nos privilegiados. Já partidos como PSB, PT, União (exceto pro Omar, hehe), Podemos e Novo distribuem os valores oriundos do fundão. Partidos como DC, PRD e PP parece que disseram prá galera, olha, não tem fundão.
Os eleitos
Vamos aos eleitos no critério grana, lembrando que o teto de gastos permitido por candidato é de R$ 150.150,00, mas que segundo um especialista, não pega nada se extrapolar e realizar uma convincente prestação de contas: Vitor Forte (158.600, 85% fundo); Jair Renan (142.500, tudo fundo); Marcos Brollo (135.100, tudo fundo); Jade Martins (126.800, nada de fundo); Kaká Fernandes (122.750, 80% fundo); Arlindo Cruz (80.500, nada fundo); Joceli Nazari (75.000, 83% fundo); Marquinho Kurtz (69.500, 72% fundo); Eduardo Zanatta (62.900, 60% fundo); Samir Dawud (57.500, 75% fundo); Nena Amorim (56.830, sem fundo); Elizeu Pereira (45.000, 60% fundo); Aristo Pereira (40.800, 100% fundo); Naifer Neri (35.000, sem fundo); Joaõ Koeddermann (33.500, sem fundo); Teco Kuehne (32.500, sem fundo); Asinil Medeiros (31.700, 15% fundo), Dudu Mafra (31.700, sem fundo), Bola Pereira (30.000, sem fundo) e Patrick Machado (30.000, 66% fundo).
A imagem tem nada a ver com os candidatos, mas uma reflexão a respeito da cidade.