Como não estou no mailing da comunicação da nova prefeita de BC, vou aqui comentar sobre a composição do grupo de transição baseado no que foi noticiado pelo Página 3 e o que deve vir por aí. A transição virou lei, de autoria de André Meirinho. Em sociedades civilizadas a transição deveria ser naturalmente realizada entre quem sai e quem entra, mas, como é lei o grupo foi formado para representar sete setores, estes obrigatórios em lei.
Juliana e seu vice, Nilson Probst, parece alinhados na busca de nomes. A primeira anunciada foi a da professora Maria Ester Menegasso, profissional ligada a UDESC, de perfil conservador e com fama de durona e habilidosa. Não foi anunciada secretária, mas conversando com uma profissional das antigas da educação de BC, ela concordou que pode ser um bom nome, mas terá que enfrentar um ninho de cobras criadas que é o quadro da educação.
Magda Bez, ex-sócia de Kiko Pinto (ocupou o cargo de secretário da Fazenda no segundo governo de Pavan), também anunciada para a transição tem perfil conservador, também. Na campanha eleitoral andou falando em plano B se Lula fosse eleito de migrar para Itália em seu Insta. Seu marido, Matias, colaborou por um tempo no governo de Fabrício Oliveira.
Ary Souza foi colaborador do governo Fabrício Oliveira até bater de frente com o então vice-prefeito Carlos Humberto Silva, na eleição a deputado estadual em 2018. Funcionário de carreira, acabou no arquivo morto da prefeitura.
Jade Martins, eleita vereadora, foi secretária no governo Edson Piriquito, além de candidata a sua sucessão. Não deve assumir nada na prefeitura até que o MDB se livre de Nena Amorim.
Leandro Índio da Silva é a única cara nova no governo da jovem Juliana. Pessoa de confiança, foi uma das cabeças da campanha eleitoral. É formado em administração pública pela UDESC e deverá assumir uma pasta no governo.
Diego Montibeller, procurador concursado da prefeitura, chegou a ocupar o cargo na procuradoria no governo Fabrício Oliveira, mas não se envolveu na campanha eleitoral como outros nomes efetivos que ocuparam cargo no último governo.
Carlos Humberto Silva, o pai, deve assumir a Secretaria do Planejamento. CH pai foi adversário ferrenho de Leonel Pavan em campanhas passadas, mas, na política tudo é possível.
Além desses, mais três setores deverão se juntar a equipe, nomes que representarão as áreas de Segurança, Social e Emasa (tem projeto da Câmara para aprovação). Ou seja, setores importantes, autônomos, com fundações, gastos extraordinários, como esporte e cultura ficam de fora das prioridades, o que é uma tristeza.
Nomes do secretariado
Pelo menos dois nomes deverão compor o secretariado. Seriam eles Auri Pavoni, na Emasa, e Evaldo Hoffmann, na Segurança, o que seria uma demonstração de força do DC, partido dissidente do fabricismo.
Até onde sei é isso e pelo jeito a jovem prefeita não indica por renovação, como eu falo para os amigos, uma oxigenação do poder. Me faz lembrar o ex-candidato a prefeito Lucas Gotardo quando numa de suas peças na rede social disse que acabaria com os dois continuísmos. Vamos aguardar.
1 Comment
Gosto da alternância de poder… mas… Gotardo estava certo. Haviam dois candidatos do continuísmo. Pelos anúncios, renovação zero.