O ano de 2022 foi de muito padel. Calendário cheíssimo, muitos torneios realizados pelas academias nas diversas cidades, novos clubes, WPT, Premier, APT, BPT e até ranking dos mais velhos praticantes da modalidade.
Começando pelo WPT, a mais tradicional das ligas, foi um ano de muitas mudanças de duplas no decorrer do ano. Tanto que no máster final realizado em Barcelona apenas três das oito duplas jogaram juntas desde a primeira etapa realizada em Miami, em fevereiro. Domínio absoluto para a dupla Juan Lebrón e Ale Galán com 10 títulos e 5 finais. Curioso no máster final foi a improvável dupla Martin DiNenno e Fede Chingotto chegando a final. Para 2023 teremos que nos acostumar com novas “parejas”, inclusive a separação de Sanyo/Tapia e Bela/Coello.
No Premier houve calendário cheio, mas sem ainda uma estruturação sem sequer um site com informações a respeito da liga, tampouco ranking. A expectativa é o que vai acontecer em 2023 com o fim do contrato de exclusividade dos atletas de ponta com o WPT. As duas ligas seguirão realizando seus torneios em paralelo?
A outra liga, o APT, está num nível menor de qualidade, mas segue crescendo em quantidade de participantes e premiação. Duas duplas se destacam. A líder da temporada Max Arce e Franco Dal Bianco sobra. Na sequência está a dupla formada durante a temporada com a experiência de Tito Allemandi e o talentoso Tolito Aguirre. Dos brasileiros, somente Julio Julianotti participou da etapa máster realizada em Guadalajara. No ranking terminou o ano em nono lugar.
O BPT, circuito brasileiro que reúne os melhores em atividade por aqui, teve um ano bom com etapas realizadas em cinco estados e participação de mais de 30 atletas rankeados. JP Flores terminou o ano como o melhor do Brasil, seguido de André “Sagui” Freitas, Higor Ensslin e Lucas Cunha.
Por aqui aconteceu o pan de menores dominado pela Argentina. Para os amantes do padel foi uma oportunidade para assistir dois futuros astros da modalidade se continuarem se dedicando: Juan de Pascual e Leo Augsburger na foto que ilustra a abertura da matéria.
Por fim a consolidação do torneio da mulherada, o TPM, cada vez mais desejado, o PAR, torneio de um dia e muita resenha e a criação do ranking dos velhos, ou experientes acima de 45 anos que já soma mais de 60 “jogadores da Croácia”. Alexandre Rigon terminou o ano como o number one. Sem contar que o padel caiu na graça da boleirada aposentada mundo afora como acompanhamos na Copa do Mundo do Qatar.
Os muitos torneios realizados pelos clubes durante o ano acabam cansando os jogadores à medida que chega o final do ano. Os torneios federados, com exceção do brasileiro, andam esvaziados, o que é nada bom