Depois de praticamente quatro anos de hegemonia, parece que os dias estão contados para a dupla Lebrón/Galán para dar lugar a Tapia e Coello como os melhores do padel mundial. Neste domingo encerrou a temporada sul americana do WPT com nova vitória da dupla sensação. Ou seja, em quatro torneios realizados na atual temporada são quatro vitórias.
Pela primeira vez na história do WPT foi realizada uma temporada de torneios na América do Sul envolvendo três países: Argentina, Chile e Paraguai. Foi uma iniciativa certeira. O DNA do padel é o mercosul. As três etapas contaram com um grande e festeiro público amante da modalidade.
Tapia e, especialmente, o já apelidado de Rei Arturo Coello estão voando em quadra, atropelando quem surge pela frente no outro lado da quadra. Os dois estão bem a vontade, basta observar a motivação manifestada na virada de lado quando eles falam sobre o jogo com o técnico. Lebrón e Galán agora contam com uma dupla adversária capaz de acabar com a hegemonia, o que parece bem provável.
Novas parcerias farão suas estreias agora na etapa de Reus (Espanha). Teremos Chingotto atuando com Paquito Navarro; Ruiz com Juan Tello; Mike Yanguas com Momo Gonzales, além dos super jovens Tino Libaak e Leo Augsburger abrindo a parceria e, também, novas duplas de figurantes no universo do WPT.
E o Brasil…
O Brasil mais uma vez ficou de fora da festa simplesmente porque seus dirigentes arrastam de barriga o padel competitivo ao ponto de em uma etapa do brasileiro de padel não contar com a categoria máxima, espelho para os praticantes amadores e jovens sub 18 anos.
Na primeira etapa realizada em Camboriú/BC/Itajaí o que chamou a atenção foi a presença do campeoníssimo Pablo Lima. Prestigiou o evento nos três dias atraindo os olhares dos jovens e adultos que o abordavam a todo momento por uma foto com o ídolo, afinal são os ídolos que motivam os praticantes de uma modalidade, sejam eles adultos ou jovens.
Sem projetos e capacidade de atrair grandes patrocinadores, o padel competitivo no Brasil depende da vontade e interesses de uma Cobrapa cujo estatuto arbitrário permite que os dirigentes sejam praticamente vitalícios nos seus devidos cargos. Não existe alternância de poder no padel brasileiro.
Foto: Twitter oficial do WPT