A política em BC e Camboriú
A pesquisa é um instrumento fundamental para a tomada de decisões na política, seja durante um governo ou para conhecer o sentimento da população quando uma eleição se aproxima. O político que não sabe fazer a leitura de uma pesquisa está fadado ao empirismo e certamente vai se dar mal. Fica reduzido ao egocentrismo que na política é fatal… para a derrota.
A política em BC
Para estes últimos me faz lembrar o périplo de um vereador da base governista junto a empresários da cidade buscando apoio a sua candidatura a prefeito. Ele não combinou com ninguém, talvez num papo secreto com o prefeito Fabrício Oliveira que pode ter encorajado só pra sentir a reação. Detalhe: a população male male sabe quem ele é, mas vamos ao ambiente científico para não perder tempo com egocentrismos.
A política em BC I
Recentemente foi realizada uma pesquisa em BC e Camboriú e alguns números são reveladores do cenário que se aproxima. Começando por BC. Naturalmente Carlos Humberto lidera, mas com números que não chegam a surpreender, ou seja em volta dos 30%. A surpresa que aponta para a polarização chama-se Juliana Pavan com cerca de 20% dos votos, seguida do ex-prefeito Edson Renato Dias (em torno de 3 a 4 pontos atrás) e mais embaixo a ex-vereadora Marisa Fernandes com cerca de 5% das intenções de votos. E deu. Pensou em algum nome? Então, ele está abaixo de 4%.
A Política em BC II
Você poderia perguntar, tá, só a Juliana desponta na Câmara. Eu respondo, sim: só a Juliana. Os demais são como não existissem para a população ouvida pela pesquisa. Alguns deles com desempenho sofrível com menos de 1% das intenções de voto. Faltando um pouco mais de um ano para as definições visando as próximas eleições diria que todo esse pessoal não passará de mero coadjuvante. Que tentem uma candidatura a vice, mas se esses números permanecerem, serão rechaçados de qualquer composição por não agregarem nada.
A política em Camboriú
Já na vizinha Camboriú (assim como em B. Camboriú) há a certeza que as duas cidades têm problemas em comum e que os dois prefeitos a serem eleitos em 2024 deverão estar alinhados para a solução. O que mais impressiona em Camboriú é a crise de credibilidade dos políticos de lá. A imagem do atual prefeito é horrível. Quem colar nele perde nas próximas eleições.
A política em Camboriú I
Na pesquisa surgem dois “estrangeiros” liderando a preferência dos eleitores. Leonel Pavan disparado e bem mais atrás, o ex-prefeito de BC Edson Renato Dias. Dos, digamos, “nativos”, o melhorzinho é o filho do Edinho com ridículos 5%. Pelo cenário apontado Camboriú não produz lideranças.
A política em Camboriú II
Ao comentar sobre esse impressionante posicionamento de Pavan (que dizem, mexeu bastante com ele para o desespero da Bernadete) um analista de plantão disse que para o ex-senador basta encilhar o cavalo na carroça, circular pelo interior parando de bar em bar; de salão paroquial em salão paroquial, de cancha de bocha em cancha de bocha, de pequenos aglomero de pessoas em pequenos aglomero de pessoas que já estará eleito.
A política em Camboriú III
Outros dois fatores para o êxito de Pavan seriam ficar bem longe do atual prefeito e buscar compor com um nome para vice que não esteja atrelado a velhas políticas partidárias.
Kratz de volta
Fortes rumores dão conta que o engenheiro Edson Kratz estaria de retorno ao governo, o mesmo governo que o assou, fritou, cozinhou da secretaria do Planejamento até sua demissão. Com sua saída alguns projetos de interesse público foram simplesmente abandonados e agora deve voltar para cuidar do urbanismo da Atlântica. É muito amor pela cidade por tudo que passou. Lembrando que Kratz foi coordenador de todo processo pós eleição de Fabrício em 2016.
Jorge Caseca
Como o assunto é política, BC perdeu o ex-vereador constituinte Jorge Caseca, ainda jovem, 67 anos, que estava bem doente. Jorge foi uma figura divertida. Gostava de uma festa e de boas histórias. Debochado contumaz, Jorge tirava onda de tudo, inclusive quando denunciou o ex-vereador Waldeney Daguano por gato de luz quando dizia: “acho que vi um gatinho”, imitando o personagem do HQ.
Jorge Caseca I
Outro episódio folclórico de Jorge foi numa discussão na Câmara que envolvia a exatoria estadual quando o vereador tomou o microfone para debater o assunto e decretar: “Chama o exaustor!”.
Crise da dengue
BC vive a epidemia da dengue. Muita gente está na cama com dores no corpo e febre. O prefeito FO teria comentado a um amigo que tem saído de casa “besuntado” de repelente. Não creio que seja verdade. Até porque o prefeito é uma pessoa pública e se ele acha que se encher de repelente é a solução que torne então em política pública, certo?
Ironia
O leitor sabe que se há responsável pela epidemia é a própria população da cidade (parcela dela, claro). Não cuidam de suas águas, alguns não permitem que a autoridade sanitária entre em sua casa e boa parte dela grita por liberdade!!! Çei, çei… liberdade para ser irresponsável.
Vilarout
Sem sequer uma pequena homenagem da Fundação de Cultura, faleceu esta semana o artista plástico Cláudio Vilarout, autor de algumas peças públicas, sendo a mais famosa a Gorda.
Foto ilustrativa de abertura: Celso Peixoto
1 Comment
https://culturabc.com.br/2023/05/02/nota-de-falecimento-5/
Creio que para um jornalista vc deve estar ocupado em buscar informações. Publicado no site e nos stories.