Depois de um período de férias (de competição) e muito padel recreativo, o ano de 2022 abriu com boas notícias e uma bem intrigante que é sobre o novo padrinho da modalidade, o multimilionário qatari Nasser Al-Khelaïfi. Ele anunciou um novo circuito com o apoio da IPPA, entidade criada pelos atletas profissionais.
O anúncio no início do ano abalou as estruturas do padel profissional. Ale Galan, presidente da IPPA, divulgou uma carta com críticas ao WPT e manifestando aprovação a nova proposta que pretende tipo, “mundializar” a modalidade hoje praticamente binacional (ou seja, Espanha e Argentina), além de fortalecer os jogadores como profissionais.
Só tem um porém: a proposta esbarra no fato de os 20 primeiros classificados no ranking estarem amarrados a um contrato draconiano que encerra na temporada do ano que vem. Só participam de torneios oficiais do WPT que inicia essa semana com a estreia no circuito da etapa de Miami. Sim, o WPT está internacionalizado com etapas programadas para Áustria, França, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Itália e Suécia, além de México e Argentina (Brasil de fora, de novo). Mas ainda é muito cedo para afirmar que atletas desses países possam brilhar no circuito. Por enquanto nem coadjuvantes são dos espanhóis e argentinos. Opa, coloco o nosso Pablo Lima entre eles.
Tudo é uma incógnita entre o que vai acontecer com o WPT e o padel profissional apadrinhado por Al-Khelaïfi. Para este ano estão previstas 10 etapas dessa nova fórmula, claro, sem a participação dos 20 melhores do ranking. A não ser que Al-Khelaïfi banque todas as indenizações, grana tem bagunçar tudo.
Por fora corre o circuito de Fabrice Pastor, o APT, um circuito também ligado a tutela de um milionário. O circuito do ex CEO do WPT tem seu calendário confirmado até o mês de junho. O restante do ano não está no site oficial do APT. É o circuito onde jogam os brasileiros, agora com parceiros novos. Julio Julianoti joga com o argentino e ex WPT Fede Quiles. Stefano Flores jogará com o português Vasco Pascoal, enquanto JP Flores e Lucas Cunha deverão continuar juntos. A primeira etapa está programada para Assunção na metade do mês de março. Para este ano a premiação sobe.
E por aqui?
No Brasil a ótima notícia é o retorno do calendário oficial da confederação e federações. Durante a pandemia aconteceram os torneios avulsos com cada clube criando seu próprio circuito interno, algo que interessa somente aos donos de clube. Para os atletas das diversas categorias (especialmente por idade) fica bem confuso.
Agora em fevereiro aconteceu a primeira etapa do APB, o nosso circuito profissional, agora com novo nome: BPT (Brasil Padel Tour). Foi em Volta Redonda, pela primeira vez e super bem organizado atraindo um bom número de duplas do país (vitória de Julianoti/Flores). O circuito parece estar aquecido e todos esperam que permaneça por todo ano.
No Delta aconteceu o torneio de casais, uma iniciativa bem interessante que demonstra o caráter do padel, uma modalidade para ser praticada por toda a família. O Delta promete mais com o torneio de um ano programado para o primeiro final de semana de março.
Destaque também para o fortalecido torneio TPM onde só entra mulher. Homem só assiste ou fica em casa cuidando dos filhos. A mulherada se diverte jogando, bebendo, comendo e ganhando brindes. Até aqui as etapas vêm acontecendo entre o Arena Padel, em BC, e o Delta, em Camboriú.
Em Santa Catarina surgem novos clubes. Agora em janeiro tivemos o torneio de inauguração em Jaraguá do Sul numa localização privilegiada e o novo clube de Joinville que se consagra cada vez mais como o centro do padel catarinense.
Em 2022, play padel como o Lenon Flain fechou o set do título do último torneio do Arena!! (Narração Cesar Tirloni)
Foto: Site oficial WPT