Quando a temporada fervia no mês de janeiro a mídia nacional alertava para a quantidade de algas que apareciam nas praias de Santa Catarina. As notícias compartilhadas nas redes sociais logo eram rechaçadas pelos bairristas de plantão mais preocupados em tremular a bandeira da conspiração ao acusar a mídia de… conspiradora. É sempre assim. Notícias ruins tem o objetivo de manchar a imagem de BC para favorecer outros destinos turísticos. Essas fotos foram tiradas pelo o olhar atento do fotógrafo Xady Schroeder de seu observatório privilegiado no Edifício Imperador. Foram na semana passada. Quer dizer, bem depois das notícias sobre a invasão de algas no litoral catarina. Eu mesmo fui testemunha do fenômeno na sexta-feira passada porque as malditas algas se concentraram bem na área onde rola aquele futebolzinho básico. Estavam lá terceirizados da Emasa, mais Marcelo Achutti tentando minimizar a situação cometendo – novamente – desvio de função, mas isso são outros quinhentos.
O incrível nisso tudo é a capacidade de se ignorar uma situação dessas. Logo que surgiram as primeiras algas lá no pontal norte, a secretaria do meio ambiente apressou-se em dizer que trata-se de um fenômeno natural. Gostaria de saber baseado em quê tal afirmação sem que se apresentasse um documento de análise da situação. O fato é que essa quantidade enorme de algas mortas, fedidas quando chegam na areia, na verdade só conspiram contra a cidade. Embora sem notícias, os turistas convivem com esta situação. Ninguém conta para elas. Banhar-se no meio dessa cultura morta é impossível.
Tomar banho na nossa praia não é aconselhável pois o aspecto da água é dos piores. Sempre suja, escura e com relatórios permanentes da FATMA dando conta de vários pontos impróprios para o banho. Até quando os defensores da melhor praia do sul do mundo continuarão jogando algo tão flagrante debaixo do tapete? Até quando?