O escritor Fernando Morais é a personificação da diversão de todo jornalista investigativo. Seus livros são verdadeiros roteiros, como foi Olga e Corações Sujos, livros que foram levados para a telona. Representa investigar histórias fantásticas sem as amarras do fechamento de uma edição. Esta é a “vida boa” de Fernando Morais, o jornalista escritor.
Meu primeiro Fernando Morais foi A Ilha (1976), um trabalho bem jornalístico – e didático – 1976 que acabou influenciando muita gente da geração daquela época adorar Cuba. De sua obra, li o fantástico Chatô, o Rei do Brasil, um livro obrigatório para quem gosta de política, história, relação de poder. Assis Chateaubriand foi o verdadeiro rei do Brasil com uma influência íntima e repleta de chantagens e barganhas com todas as matizes políticas que comandavam o país.
Os outros dois foram Corações Sujos, que disseca a guerra interna em território brasileiro (especialmente no Estado de São Paulo) entre os fanáticos nacionalistas que não acreditavam na derrocada japonesa e os “traidores da Pátria”, os chamados corações sujos, aqueles conscientes do fim da II guerra mundial com o Japão derrotado.
O outro, e mais genial, é o último trabalho de Fernando Morais: Os Últimos Soldados da Guerra Fria, onde Fernando revela o secreto universo dos espiões cubanos infiltrados nos EUA, mais precisamente na Flórida. Histórias fantásticas e reveladores de como esses homens da Revolução Cubana viviam e quais eram suas missões em pleno núcleo cubano de direita. Outros títulos fazem parte da obra de Fernando Morais como Olga e O Mago, além de outros títulos menores.