Quando Rubens Spernau era prefeito eu escrevia para o Página 3 e era assessor do presidente da Câmara e aliado do prefeito, Antônio Manoel Santa. Sempre fui um crítico e Santa com aquele jeitão dele me chamava para seu gabinete e dizia: “Porra Bola, para de bater no alemão”. Até que um dia Spernau ligou e disse pode me criticar, mas não me chama de ladrão. Aquilo me encasquetou porque nunca chamei Spernau de Ladrão. Passados muitos anos, agora em julho no aniversário do Página 3 relembrei o episódio e entre risadas Spernau disse: “mas insinuou”.
Pois bem, esse mesmo Spernau está fora do processo eleitoral mesmo com toda amizade que nutre a Leonel Pavan. Está fora porque é coerente e ético, virtudes raras nos políticos brasileiros. Spernau não admite estar ao lado do PP por razões óbvias: sempre fez oposição suja ao seu governo e a sua pessoa. E também não está com Fabrício Oliveira porque não engole a traição do PR na campanha de sua sucessão. Vai cuidar da sua vida. Pescar e, bem provável, se filiar no PDT.
Ary de Souza é outro que saiu ileso do processo. Presidente do PSD local tentou costurar uma aliança com Fabrício Oliveira, mas foi golpeado pelo PSDB nos bastidores que manobrou com o deputado Merísio (aquele que gravou uma entrevista declarando voto a Fabrício) uma intervenção no diretório local. Ary que era candidato a vereador abriu mão de sua pretensão e sua família – inclusive o tucano João Tatá Miguel – lançou um comunicado de protesto pelo que ocorreu e declarando voto a Fabrício.
Pois é, por incrível que pareça ainda há esperança…