A onda agora é fazer “live” no Facebook. Se faz de tudo, mas o que mais chama a atenção são os de teor político. Há alguns personagens que estão ficando famosinhos com seus “lives”. Muitos deles críticos do governo FO/CH.
Quando vejo um deles a primeira reação é de espanto. O enquadramento dos personagens é horroroso, assustador até. Colocam o carão estourado na tela e saem a falar o que bem entendem, sem cortes, afinal é ao vivo. Não há nem a possibilidade de se arrepender, de editar a fala.
A liberdade de expressão é garantida pela nossa Constituição, entretanto o áudio segue a mesma linha dos pensamentos teclados. Muito ódio nas cobranças. Falam como se fossem os proprietários das soluções, colocam as autoridades na parede de forma intimidadora, mesmo com argumentos muitas vezes desvirtuados da realidade. Tipo chutar o balde e depois que enxuguem a lambança. Já ouvi, por exemplo, pérolas raivosas como “droga de governo”, ou cambada de “asnos” ao se referir à equipe de comunicação da prefa.
Por outro lado, vejo também secretários e vereadores utilizando o “live” para mostrar trabalho e, também, bater. Esteticamente sofríveis, às vezes, deslocados. Mas a onda é essa. Antes de tudo, mexe com a vaidade, mesmo que seus carões não ajudem nem um pouco. Tudo sem filtro, que , aliás, é uma condição para habitar o mundo de Mark.
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