À medida que fui conhecendo – e reconhecendo – a obra de Banksy fiquei com muita vontade de escrever algo a respeito pela apropriação que ele faz de imagens reais para compor sua arte. Achei então Guerra e Spray, livro que aborda alguma coisa sobre o misterioso artista sem saber que a publicação foi mais uma de suas invenções.
O livro, de 2005, mostra seus trabalhos – sua impressionante intervenção no zoológico de Barcelona – e alguns comentários ácidos a respeito do consumismo, o que representam as galerias de artes – alvo de algumas de suas mais ousadas peraltices. E, ainda, a petulância de “dar vida” ao muro que separa Israel da Palestina (foto de abertura).
Para quem gosta de arte trata-se de um livro obrigatório na estante da biblioteca. Com tradução de Rogério Dust, Guerra e Spray é mais uma peça de autopromoção de Banksy e que vendeu mais de meio milhão de cópias. Serviu de base para o texto O Sampler da Fotografia que publiquei na Photo Magazine, mas esse artigo fica para o próximo capítulo da série sobre este inglês de Bristol que revolucionou todas as convenções do mercado das artes.