A canadense Neil Young tem 75 e permanece insaciável por música e genial. Os insaciáveis têm prazer no que fazem e NY não é diferente da “corja”. A audição do recém lançado Barn é um êxtase para quem imerge pelo rock clássico. Gravado ano passado num celeiro antigo no alto das montanhas, Neil Young transcende na sua carreira carregada de símbolos.
Sua obsessão pela música e plataformas faz de Young o mais rocker dos rockers. Já perdi a conta – sem a bengala do Google – do número de álbuns já lançados em toda sua carreira. Na pandemia, para marcar seus símbolos, resgata das gavetas uma gravação dos anos 70 e socializa, como álbum (Homegrown), a todos os fãs, seus e do rock.
Usei um texto do globo.com como referência e lá vi uma fala de Neil Young sobre os tempos que estamos vivendo e suas, digamos, considerações aos seres humanos. Ele está “com raiva dos seres humanos”. E não poderia ser diferente, sem ser panfletário. “Sobre o que está acontecendo agora, não sob um ponto de vista de um lado ou de outro, mas sobre os seres humanos sobrevivendo na Terra”.
Para Young, “muito mais importante que muitas pessoas que vi dizendo o que acha” sobre a situação das sociedades. Young quanto mais velho melhor, um autêntico vinho. Sorte nossa que o temos para brindar e celebrar. Celebremos então Young. Sugiro do novo álbum Canerican ou Welcome Back no último volume.