Discutir música é algo complicado, afinal gosto não se discute, se lamenta. Mas, sendo parcial e “segmental” ao que gosto foi um prazer acompanhar duas noites do BC Jazz Festival. Uma celebração a boa música e o que mais chamou a atenção, o elevado nível de organização com uma estrutura acima da média que se vê por aí.
Não acompanhei o primeiro final de semana do evento. Acho que tinha mais a ver com o nome de batismo do festival. Fui no último final de semana dominado basicamente pelo blues e o rock. O espaço da estrutura montada na faixa de areia em frente a Tamandaré foi bem aconchegante com uma boa área coberta com um tablado de piso. E na área, nos fundos, aberta, um ambiente decorado com vegetação não nativa (hehe), bancos, mesas e descontração de diferentes gerações que marcaram presença.
No palco o surpreendente show da banda curitibana Blues on the Table tocando blues tradicionais como Mustang Sally e lendas como Stevie Ray Vaughan, clássicos como Black Magic Womam ou arranjos autorais de conhecidas músicas nacionais, muito bem acompanhados pela voz de Bebé Salvego e a guitarra de Felipe Salvego. Fiquei extasiado com a qualidade do show que antecedeu o paulista Blues Beatles.
Muito bom ver jovens colocando suas ideias em prática e valorizando a boa música. Destaque também para a qualidade do sistema de som comandada pelo Luis D’Agostin (Toka Som) investindo e encorpando cada vez mais o seu produto.
Foi tudo muito bom. Que venham novos BC Jazz Festival.