Cada vez que passo em frente ao Museu da Imagem e do Som entro para papear com a Avelina. Dessa vez ela mostrou um caderno repleto de recortes de frases datilografadas e assinadas por pessoas de fora. São mensagens diversas, seja reconhecendo o MIS, parabenizando ou só o nome, muito provavelmente de autoria de crianças. Na rápida passada de olho vi uma mensagem de um turista da Suécia.
Num dos setores do MIS é disponibilizada uma máquina de escrever, um instrumento de trabalho que as novas gerações desconhecem. O equipamento desperta a curiosidade e milhares de mensagens são datilografadas e transferidas para o caderno. Genial.
O lamentável disso tudo é que poucos moradores valorizam esse museu rico em conteúdo. Fiquei meio estupefato quando profissionais da educação desconhecem o museu e triste que as escolas não se interessam em mostrar para as crianças um pouco da história do som, imagem, filatelia, numismática e outros assuntos analógicos de interesse. Os registros são de alunos de escolas de outras cidades.
Triste também é acompanhar a solenidade em homenagem ao Cristo Luz na Câmara e a representante da Secretaria de Turismo listar alguns atrativos da cidade e não citar o MIS.
Ignorar o passado é como ensinar as crianças que a vida se resume ao presente e ao futuro. Esquecem que o passado é que nos encaminha para o momento em que vivemos.
Vida longa ao MIS e que continue atraindo pessoas ávidas pelo conhecimento, que é o que importa.