Compensação cultural I
Recebi vídeo e foto da casa de João Goulart sendo tombada por tratorada, literalmente. O ex-presidente do Brasil frequentava a praia com sua família, gostava daqui. Tanto que Normando Tedesco, um trabalhista que nem Jango, lhe doou uma casa. E assim a Praia de Camboriú tornou-se conhecida como a Praia Presidencial.
Compensação cultural II
Passaram-se os anos. Normando e Jango morreram, a praia foi transformada em município. A casa mudou de mãos mesmo que em situação transversa, foi descaracterizada, virou restaurante, mas, mesmo assim, com tudo isso, um monumento retratando Jango e seus filhos foi lapidado pelo artista Jorge Schroeder e exposto no calçadão da Atlântica.
Compensação cultural III
A homenagem foi no governo de Rubens Spernau, por ideia de Francisco Silva, o Chico, que havia visto algo parecido em Búzios com Juscelino Kubitschek como o retratado. Spernau gostou de ideia orientando o seu secretário Osmar Nunes Filho, o Mazoca, que providenciasse a homenagem.
Compensação cultural IV
E essa compensação cultural dos títulos? Sem querer ser chato, mas já sendo, cada sumiço de um patrimônio histórico é um pedaço da memória que vai embora. E a gula pelo dinheiro passa incólume aos interesses da cidade. Derrubam, ganham grana, muita grana, e fim. Ok, a cidade precisa crescer, mas por que não uma compensação? Quem sabe um museu temático por mais simbólico que seja? Ou criar uma galeria de arte para abrigar todo o acervo (rico e bonito) da Fundação Cultural que está lá subutilizado no Arquivo Histórico? Mas, carregado de ironia, todos amam a cidade e querem mais que sua memória suma.
Não é tombado
Coloquei a foto da derrubada da casa no Insta e um leitor perguntou, mas não é tombado? Respondi: me aponta um patrimônio histórico que é tombado na cidade. Talvez a Igreja da Barra (nem sei se é), mas especular sobre a igreja que casei já é um insulto…. hehehehe…
Lá vem o golpe!
E eis que surge pelo Insta um tal de melhores do ano aqui em BC. O velho truque de brincar com a vaidade das pessoas, não é? Conheci alguns que se valeram disso aqui na cidade durante todos os anos que vivo aqui. Poderia citar todos eles, mas deixo quieto. Lembro apenas de Mário Veiga que dava nó em pingo d’água, um mestre no metier.
The winner is…
… aí tu recebe mensagem de diversas empresas do tipo vote em mim. Procurei saber do que se trata, vi a empresa, dei um google, com o mesmo nome tem empresas em tudo quanto é lugar e prêmios para todos os quadrantes. Enfim, a velha história enquanto existirem os “ingênuos” o espertos voam… hehehe…
Na Câmara
Movimentação na Câmara pela eleição do novo presidente dão conta que até o MDB entrou na roda. Vamos aguardar as nomeações. Tudo indica para a eleição de Omar Tomahli e a cidade praticamente sem oposição. Corre por fora o vereador Gelson Rodrigues.
Brabos
Na turma dos que já não gostam tanto do Fabrício Oliveira estão David La Barrica, Arlindo Cruz e Marquinho Kurtz, o mesmo que o prefeito apoiou para a presidência do Legislativo. A política é uma arte …
Na muda
A “calúnia” anda quieta. Dois motivos: muito trabalho para entregar e temor de se expressar diante da loucura extremista em que vivemos. Mas acredito que vá passar, como cantaria Chico Buarque. Não é dele essa também? (mais ironia) Olha o nível da loucura…