Engendrada desde antes da eleição da Câmara, a cooptação do bloco medebista da Câmara pelo governo Fabrício Oliveira foi “martelada” com reuniões, fotinhos e selfies. Conversei com algumas pessoas envolvidas e não envolvidas diretamente e recebi diferentes manifestações, a mais degringolada de todas a de que a ordem veio de cima, uma espécie de goela abaixo.
Mas para quem ainda não leu nada a respeito pode estar perguntando de que catzo tais falando? Estou falando que o governo FO exercita o amor na política ao chamar para o seu governo o MDB, sim, o adversário MDB levando ao extremo o conceito de que só o amor constrói e perdoa.
Do que estou falando? Pois bem, vamos desadormecer a memória de alguns:
Nilson Probst – ex-piriquitiano de carteirinha (claro, quando Edson Renato Dias exercia o poder), Probst foi protagonista de uma cena lamentável e lastimável no plenário da Câmara quando quase chamou o secretário de segurança do governo, Gabriel Castanheira pro pau, e vice e versa.
Marcelo Achutti – apelidado de Quero Quero de tanta gritar, fazer barulho, algo que sempre se orgulhou. Fala pra todo mundo que quer ser candidato a prefeito. No acordão deve ficar com a secretaria de Educação, simmmmm, a secretaria de educação!!!
Dão Koeddermann – o que tem o Dão? Vejo que o Dão está participando direto de tudo isso. Tá e daí? E daí que o caso do Dão é de amor e perdão. Quem conhece a política de BC e não está desmemorizado por conveniência sabe que o estopim para a sua saída do PSDB chama-se Fabrício de Oliveira.
Elizeu Pereira – político micro, sem expressão, mas bom de barganha. Deve levar a sub-prefeitura da Barra, aquela mesma que, quando nos tempos da Novas Ideias, não seria ocupada por ninguém.
Poderia conjecturar mais sobre essa onda de cooptação que tomou conta da política local. Fala-se em PDT de volta (jura que é verdade???), Ju Pavan e até Lucas Gotardo se bem conversadinho… hehe.
O que esse povo tem em comum? O alto da Dinamarca, é claro. Todos querem Fabrício como padrinho e acham que estar ao seu lado mesmo que só nas aparências pode conquista-lo.
Enquanto isso, antigos colaboradores de FO vivem uma situação de incertezas, de insegurança, porque, ao mesmo tempo que coopta, abre a retaguarda para barganhas indecentes que podem empareda-lo e colocar em situação de risco os que ainda estão ao lado do prefeito.
Sem esquecer que, se há motivos subterrâneos para essa hegemonia, quem faz a pauta da Câmara é um cara só: o presidente da Câmara, também com pretensões para o alto da Dinamarca.
Mais que ouvi:
“As coisas andam estranhas aqui”
“Tudo é possível com um prefeito desses”.