Bastidores revelam que Seif é só um detalhe na busca pelo espaço no poder.
Desde que a chapa derrotada na eleição ao Senado ajuizou pedido de cassação do eleito Jorge Seif por abuso econômico, os bastidores políticos se movimentam na possibilidade de êxito no TER/TSE, o que for. Se parecer de MP tem algum peso na decisão final (argumenta que não há evidências de abuso), Seif está livre para exercer sua função, mas só esse tempo de especulações e articulações em torno de uma nova eleição já serve para deixar explícito que na política o que vale é ocupar espaço e que o “tamu junto” é mera formalidade de campanha eleitoral.
Vamos aos fatos numerando de forma aleatória:
- Primeiro de tudo é o desconforto criado pela denúncia assinada pelo PSD/Patriotas/União Brasil. Na esfera municipal, filiados do PL têm anotado no caderninho o fato do vereador David Fernandes, o La Barrica (suplente de Colombo ao senado) não ter se manifestado publicamente a favor de Seif já que ele pretende ser candidato a sucessão de Fabrício de Oliveira num ambiente já combalido entre os interesses do PL e do governo municipal (ironicamente comandado pelo presidente do partido o próprio prefeito). Na esfera estadual o PSD virou aliado do governo de Jorginho Mello sem qualquer consideração ao fato do partido ser o denunciante contra Seif;
- Conta a lenda que o acordo do ingresso de Fabrício Oliveira ao PL seria o apoio do partido a sua candidatura ao senado, mas no âmbito das articulações seu nome sequer é citado;
- Por seu comportamento de bolsonarista raiz, a deputada federal Júlia Zanatta, velha conhecida dos tempos dos tempos do governo Raimundo Colombo como baixo escalão, caiu nas graças das especulações;
- Outro que andou se assanhando foi o deputado eleito pelo MDB, Antídio Lunelli, ex-prefeito de Jaraguá do Sul que teria até conversado com Jair Bolsonaro tendo como carta na manga o nome de Felipe Mello, filho do Jorginho;
- Outra possibilidade ventilada foi o nome da esposa de Jorge Seif, Catiane, que, depois de um tempo no Ministério do Turismo do governo onde quase ganhou uma indenização milionária, foi acomodada como adjunta do turismo do governo de Jorginho Mello.
Acredito que nenhum dos cenários será concretizado e, tampouco, uma prévia que anteciparia o próximo pleito ao governo do estado incluindo nomes como Décio Lima, Raimundo Colombo, o bombeiro Moisés, Gean Loureiro. Mas tudo isso serve para mostrar que Seif é meramente um nome eleito que se for para a guilhotina, que vá que está tudo certo.