Quando um político conquista o poder ele é cercado por pessoas que, de alguma forma, apostam no líder conforme seus interesses pessoais, sejam eles de admiração, amizade, uma parcela ínfima ideológica ou de oportunismo mesmo, de olho na ascensão social que pode representar seu líder eleito.
Quando um prefeito não é medíocre a regra é de que a reeleição é garantida. Ou seja, são 8 anos de poder. No início é tudo muito bonito, uma composição de colaboradores referência em suas áreas de atuação, novas ideias, muitas delas ousadas, inovadoras, de muito apelo de convencimento de que o governo será diferenciado.
Os anos passam, as condicionantes alteram, as ideias já não são tão novas, aquela composição técnica vai se desmanchando, a maquiagem borra e as velhas práticas dominam o cenário.
Entre as velhas práticas emerge a famigerada cooptação, o prazer de contar com os adversários ao seu lado, nem que para isso, os amigos e antigos colaboradores sejam escanteados. Junto com os novos “parceiros” de governo, alçam para o primeiro escalão boa parte dos fieis de segundo e terceiro escalão, independente dos currículos de notório conhecimento tão valorizados no primeiro momento do governo. Sem falar na desgastada proibição de conversar ou deixar se fotografar com potenciais opositores à medida que a campanha eleitoral se aproxima.
No caso do governo de Fabrício Oliveira aconteceu a ousadia de colocar o MDB, velho adversário dos tempos do ex-prefeito Edson Renato, no bolso. Para a plebe ignara que observa as coisas de fora a cooptação repercutiu como um grande cala boca do prefeito ao discurso de oposição de atores medebistas… mas os memes, ah esses não são apagados… até mesmo da paixão que Fabrício tem por Londres e a zoação sobre o ingresso do MDB no governo.