Neste domingo foi eleita a nova composição do Conselho Tutelar quando foram escolhidos os membros da comunidade, mais o advogado, assistente social e psicólogo. A eleição para o conselho se dá desde a criação do Estatuto da Criança em 1990. E por seu caráter eleitoral – facultativo – passou a ser politizado com o decorrer dos anos. Em BC não poderia ser diferente.
Ricardo de Oliveira, candidato escolhido pelo grupo político do prefeito Fabrício de Oliveira, foi mal orientado e nada discreto em sua campanha promovendo inclusive evento de lançamento. Fotos com praticamente todo staff do governo, repleto de primeiro escalão todos sorrisos posando para foto oficial pipocaram por todos os cantos. Foi uma aposta na impunidade, do tipo “não vai dar nada”. Puro engano. O oba oba foi o que bastou para a desgraça da candidatura. O lançamento virou notícia em boa parte da imprensa e sua candidatura acabou impugnada judicialmente.
Nos bastidores foi evidente a participação de políticos e membros de igrejas evangélicas na campanha eleitoral da maioria dos candidatos. Percebeu-se pela movimentação que pessoas ligadas ao PL não aderiram a candidatura “oficialbarraoficiosa” dos interesses do governo do qual o partido faz parte. Da mesma forma o próprio aliado MDB com alguns de seus membros (com cargo inclusive) demonstrando desapego a candidatura de Oliveira.
Além disso, a condução do processo pelo Conselho da Criança também foi controvertida. Entre tantas decisões que provocaram reações contrárias de quem se sentiu prejudicado, um detalhe chamou a atenção já na apuração dos votos (apenas cerca de 5% da população votou). Segundo matéria publicada pela Agência Brasil “uma novidade destas eleições de conselheiros tutelares é que, pela primeira vez, serão usadas urnas eletrônicas em todo o território nacional”.
Aqui em BC isto não aconteceu. Por aqui foi usada a cédula impressa “e auditável” (aspas irônicas do autor). Aconteceu que o presidente do Conselho justificou em um áudio o motivo para o pleito não acontecer com urna eletrônica e logo foi contestado por um post do TRE nestes termos:
“A opção por opção de urna eletrônica ou urna de lona foi das comissões especiais do Conselho Tutelar em cada município. No caso de BC, a Comissão do Conselho optou votação em cédulas de papel! (NdoA – sim com exclamação) A justiça Eleitoral prestou apoio com treinamento de mesários e técnicos, configuração dos equipamentos e suporte logístico”.
Eleitos
Assistente Social – Karin Schwengber
Bacharel em Direito – Cristiane Amorim
Membros da comunidade – Lico Passos e Rafael Maurício
Psicóloga – Anna Gazaniga