A busca da sutileza, da delicadeza e suavidade no que se refere à Bahia, exige de um fotógrafo um extremo foco e dedicação já que o tema é facilmente associado à alegria, emoção e cenas de impacto. “Tive que esculpir um corpo amplo de trabalho para deixá-lo bem delgado e ainda assim animador, alegre e arrojado sem ser óbvio e lugar-comum”, diz Ed Beltrão.
Os calendários, feitos por artistas, sempre foram parte integrante da cultura mundial; uma forma de apresentar a arte fora de museus e galerias. “Bahia, ensaio sutil” tem como inspiração o feito por Pierre Verger que possui um exemplar no museu homônimo sediado na capital baiana. Confluente com as temáticas desenvolvidas por Ed Beltrão que, em seus registros imagéticos exibe pequenos recortes da vida local, se possível, próximo à água, essa seleção contém desde a Via Láctea até as cenas aquáticas no Farol de Itapuã.
“Tentei clicar a alegria, o vigor e a esperança que o povo local transmite; seja em um festival ou em uma simples pelada na praia”, comenta o fotógrafo cujas imagens tem a curadoria de Éder Chiodetto. “Bahia, ensaio sutil” tem tiragem de 350 exemplares e patrocínio de Spinelli Advogados que contribui para tornar este projeto, inovador, uma realidade.