Para quem se envolve com o padel acompanhar o mundial de menores é obrigatório. É o torneio que mede a temperatura sobre a evolução da modalidade no mundo. A XIV edição realizada em Assunção foram 15 países no masculino e 15 no feminino que se fizeram representar. A Espanha dominou todas modalidades valendo pela disputa entre Nações (sub 18, 16 e 14). Já o Brasil decepcionou na competição por equipes. Foi oitava no masculino e feminino. Na Open, emplacou uma final na Sub 14 feminina e na Sub 12, dois finalistas no masculino e uma dupla na feminino.
O que a Publixer acompanhou sobre a competição pela transmissão oficial do evento:
O DOMÍNIO/ESPANHA: impressionante o domínio espanhol nas competições por equipe e Open. Só duas duplas não espanholas fizeram final contra dupla espanhola na Open: Paraguai no SUB 16 masculino e Brasil no Sub 14 feminino. Por equipe, a equipe espanhola passeou em quadra. O abismo técnico é muito grande.
O MELHOR: Sem dúvida Juan “Coquito” Zamora que venceu duas finais Sub 16, por equipes e open. Detalhe: Na final Open atuou na esquerda e por equipes, na direita. Muito versátil e bom de bola.
A PIOR: na análise fria dos números a pior equipe foi os EUA que vem tentando promover uma liga levando para jogar padelistas beirando a aposentadoria, mas que, parece não investir na base. Amargar a lanterna nas duas categorias é humilhante. Pode servir como motivação para evoluir.
AS ASCENDENTES: Vice-campeã no Masculino, a Suécia colhe os frutos de um investimento sólido. Bom saber que há um trabalho de base que coloca a Suécia no mapa do padel mundial. No feminino, a Itália sobe o pódio em terceiro lugar, resultado de um trabalho de base em andamento. Especula-se que a Itália é a que melhor paga para os profissionais formadores de novos talentos.
O MELHOR JOGO: Pode-se creditar para a dupla paraguaia Facu Dehnike/Mariano Gonzales (foto), do Paraguai e Francisco Cabeza/Juan Zamora, da Espanha na final Open Sub 16. Jogaço, nível muito alto das duas duplas. Final: 2/6, 6/4, 7×6.
A DECEPÇÃO: O Brasil por equipes foi a grande decepção. Oitavo lugar é muito pouco 20 anos depois do título mundial menores. Ninguém imaginava perder de Nações sem tradição nenhuma no padel. Seria bom rever a política para o trabalho de base no Brasil. Achar que está bom, ficar aplaudindo a falta de resultados naquele espírito que o importante é competir só servirá para tudo ficar como está.
A MELHOR – Com certeza não foram as melhores do Mundial, mas as que se salvaram o Brasil entre as categorias elencadas para o mundial por equipe, a dupla Sofia Duval e Julia Giusti, a Juju, talento do padel brasileiro que fizeram a final Open da Sub 14 feminino.
A ESTACIONADA – Nação destaque do XIII Mundial realizado no México em 2021 na ausência da Espanha, a Argentina teve uma atuação discreta. Foi segundo do feminino e terceiro no masculino. Na Open não beliscou nada. Sem brilho.
AS “PROMISSES” – A Sub 12 seria como uma categoria oficiosa, chamada de Promisses pela FIP. Por não compor com as categorias na competição por equipe, muitas Nações não enviam representantes tanto no masculino como no feminino. O Brasil se beneficiou nesta condição e emplacou três duplas nas duas finais. No Masculino Eduardo Dudu Lopes e Murilo Sampaio (foto) venceram os também brasileiros Martin Quadros e Pedro Henrique da Costa. No feminino, Martina Hossen e Rafaela Ribeiro sagram-se campeãs. São nossas Promisses.
MENÇÃO HONROSA – As seleções da França (quinto no masculino e sexto no feminino) e o México (sétimo no masculino e quinto no feminino) tem motivo para comemorar.