O padel competitivo profissional em 2023 foi uma espécie de divisor de águas para a modalidade. Foi o ano de encerramento do WPT que completou 10 anos, a expansão por diversas Nações espalhadas pelo mundo através dos torneios realizados pela FIP e a consolidação do A1 como sendo uma liga de elite do padel argentino. Mas o leitor perguntaria por quê este lead com a foto de duas atletas negras?
Não é nada, não. Me chamou a atenção das duas atletas representantes dos EUA que participaram do Pan-americano recentemente realizado no Delta, porque vejo alguns pessoas diversas a modalidade comentando ser um esporte de brancos, o que é de uma canalhice sem tamanho. O fato é que no Brasil o padel é uma modalidade de elite o que não exclui a prática por pessoas de menor poder aquisitivo, o que é uma coisa bem diferente ao comentário “embranquecedor”.
Mas, retornando ao padel. O ano de 2024 marca o início da fusão entre o WPT e Premier Padel, onde juntam a fome com a vontade de comer. Bom para os atletas profissionais e para o padel competitivo/profissional. Alguns nomes lendários como Juan Martin Diaz, Pablo Lima e, praticamente Fernando Belasteguin, despedem-se dando lugar a três duplas lunáticas formadas por jovens com menos de 30 anos: Lebrón/Galán, Stupa/DiNenno e os melhores de 2023 Tápia/Coello.
Já a A1 consolidou-se em 2023 como uma liga de elite da Argentina. Basta conferir o máster realizado em Salta. Dos 16 jogadores, 14 são da Argentina. É um circuito espelhado na figura de Fabrice Pastore que, no início de 2023, afirmou que é o maior circuito do mundo. Não, não é. Tem grana, mas não tem jogador, tanto que atraiu poucos jogadores dos escalões mais abaixo do WPT. Se for esperto Pastore consolida o circuito como o maior das Américas, realizando etapas em todos os países em ascensão no padel. Será uma gigantesca contribuição ao padel das Américas que começa a perder espaço para países europeus como a Itália e Suécia.
Por fim, o Brasil. Bem, o Brasil continuará bem recreativo, porque, competitivo está longe disso. Não tem trabalho de base confiável (tivemos um mundial de menores sofrível) e uma Confederação trancafiada numa panela instransponível, com critérios questionáveis e que acaba refletindo no nosso principal circuito, o BPT, este ainda de pé graças a abnegação e persistência de alguns atletas que dividem seu tempo entre a organização e as quadras.
2023 teria também notícias impublicáveis, mas como são impublicáveis, as enquetes irônicas dos melhores do ano e as informações que se restrinjam aos grupos de whats que é o lugar ideal para esse tipo de coisa.
Que venha 2024! Longa vida ao padel!