Oficialmente em 2007 (um ano antes de ERD ser eleito pela primeira vez prefeito de BC), a prefa de BC tinha 3196 servidores (entre efetivos e temporários), 214 comissionados e uma relação de um comissionado para quase 15 servidores.
10 anos depois o número de servidores (entre efetivos e temporários) é de 5325. Já os comissionados são 295 (nomeados). 1 para 18. Isso tudo quer dizer que a representatividade dos cargos comissionados ficou entre 6 e 5% entre 2007 e 2017.
A lei original de 1991 passou por duas revisões oficiais. A primeira em 2008 (último ano de Rubens Spernau) e uma segunda em 2015, a partir do governo ERD alternadas com leis criando cargos (e até secretarias) para atender este ou aquele interesse de caráter político. A secretaria de Compras, por exemplo, seu cronograma original indica um secretario e dois cargos comissionados. Apesar do casuísmo político de sua criação, a secretaria de Compras revelou-se em um acerto e deverá passar por alterações radicais em seu organograma.
Esta é uma das situações analisadas pela reforma administrativa prometida pelo prefeito FO que está sendo tocada e com prazo para terminar: julho (de 2017). Uma comissão está construindo a nova proposta numa metodologia que envolve três etapas: diagnóstico, prognóstico e validação. As duas primeiras já estão praticamente concluídas. A terceira deverá contar com o reforço de técnicos da UDESC. O modelo proposto tem o propósito de ser eficiente. Para que isso aconteça, a estrutura administrativa deixará de ser verticalizada com secretarias historicamente fechadas agindo como se fossem feudos. Os projetos e ações passarão a ser transversais entre as secretarias com a nova proposta. E o grande desafio para isso é pensar e definir a criação de todos (e novos) cargos que comandarão este novo modelo que se propõe.
Afinal, uma coisa é certa. Começará tudo do zero. Revoguem-se todas as leis.