Eu tinha, sei lá, 17 anos quando apareceu a clássica capa branca de A Night at the Opera (foto abaixo) na prateleira da loja de discos. De uma banda chamada Queen que nunca tinha ouvido falar. Um amigo comprou e achou uma droga. Me amarrei no álbum bem luxuoso, com encarte e tudo. Fui para a audição na cabine da loja e tarei pelo disco. Tinha Bohemian Rapsody, Love of My Life, You´re My Best Friend e até a esnobada I’m in Love with My Car. Passsaram-se só 40 aninhos para surgir Bohemian Rapsody, The Movie que conta a trajetória da banda e, em especial, do vocalista Freddie Mercury.
Fazer um filme biográfico é algo complicado. Há muito põe e tira, ameniza-se nisso ou naquilo e invariavelmente o resultado soa meio que uma história contada a picotes. Mas o que vale mesmo é reviver momentos inesquecíveis do mundo rock como a apresentação da banda no Rock in Rio que de tão bom resultou no álbum duplo ao vivo Queen Killers. E a própria despedida deles no Live Aid já com Freddie condenado a morte pela Aids (foto de abertura da matéria). Foi de arrepiar. Fortes emoções e lágrimas.