Ontem aconteceram as convenções dos partidos políticos em BC. Como já era previsível, convenções homologatórias. Na democracia partidária brasileira não há debate de ideias, não há confronto de ideias, não há o contraditório. Monta-se o circo com balõezinhos e apresenta o prato feito. Nas duas oposições mais fortes foram servidos ao público pratos indigestos aos eleitores mais esclarecidos. O PSDB chamou o arqui-rival PP na figura de Fábio Flôr que posou de candidato da continuidade até ser “rasteirado” pelo prefeito. O PSB teve no seu palanque o vice-prefeito Cláudio Dalvesco, fiel escudeiro do prefeito ERD por pelo menos seis anos de governo. O vice de Fabrício Oliveira é Carlos Humberto Filho, empresário da construção civil e figura controversa para os mais puritanos.
Os estragos aconteceram mais do lado da dobradinha PSDB/PP. O ex-presidente do PSDB Edson Kratz estava no palco da convenção do PSB; Rubens Spernau não apareceu na convenção tucana. Já João Tatá Miguel tomou as dores de Ary de Souza que foi golpeado por uma intervenção com mãos tucanas com um comunicado que a família está com Fabrício; no PP Marcelo Achutti, André Meirinho e Fabrício Galancini não apareceram na convenção do partido.
Do outro lado o estrago é menor. As reclamações partem dos cidadãos mais esclarecidos de saco cheio das composições com interesse eleitoral. Não aceitam ter o PR, de Cláudio Dalvesco e, tampouco, Auri Pavoni a reboque do PDT. Sobre lideranças, não se tem notícia de dissidências que possam ter alguma influência.
Há também a quarta via representada pelo advogado Luiz Fernando Ozawa, do PSOL, com Ana Carolina, do PT, como vice. Ana é paranaense, está há 27 anos residindo em BC e é corretora de imóveis. Os dois partidos também estão coligados na proporcional para tentar reconduzir Marisa Fernandes à Câmara de Vereadores. Até o início oficial da campanha, Ozawa deixava público sua exclusão nas pesquisas porque acredita que poderia chegar aos 5% das intenções de votos.
PMDB – O partido do prefeito lotou as dependências da Câmara de Vereadores. Muita gente e pouco entusiasmo com a notícia do bloqueio dos bens judicial dos envolvidos com o escândalo da passarela. Há ainda o fator Elton Garcia que pode ter seu eleitorado fiel, mas para o partido fica difícil explicar nas ruas ter no vereador envolvido com o Trato Feito, cassado – e depois “descassado” – como aliado. Jade Martins e Moe são os candidatos na majoritária.
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