Rio das Ostras negro em dia de chuva desemboca em frente da Marina.
Na quarta-feira aconteceu um simpósio das águas no Teatro Bruno Nitz. O teatro estava lotado. Passei rapidamente por lá e me pareceu um evento acadêmico. Mas os prefeitos de BC e Camboriú pactuaram pelas águas. Ok, já é um avanço, pois nunca na história dos dois municípios se intencionou algo tão importante, especialmente para BC que vive do turismo e… de suas águas.
Trata-se de um tema urgente. O prefeito FO colocou em campanha como uma questão de honra. A coisa está muito feia quando o assuntos são ás águas. O Marambaia está cinza, pontuado por canos de esgoto. Na região da Barra e São Judas se toda população puxar a descarga ao mesmo tempo surgirão monstros de merdas em seus ribeirões, especialmente o das Ostras e o outro que corta a Barra e não sei o nome. Os dois desembocam no Rio Camboriú, também doente, que, por sua vez, desagua na praia central, também enferma.
Os moradores do Bairro São Judas manifestam preocupação ao chamar para uma reunião amanhã cuja prioridade central é o Rio das Ostras: “Criar, planejar e implantar um projeto sustentável” é a pauta a ser discutida com o prefeito FO e secretários. O que eu posso dizer é que aquela região fede.
Vejo o esforço da prefeitura em retirar entulhos do rio e, também, do Peroba. Limpa, mas não resolve. Sem a despoluição e urbanização das margens destes rios continuará a ser aquela coisa: limpa, suja de novo. A população só dará valor devido aos seus rios quando eles perceberem que o poder público também dê o valor desejável por todos. Não do jeito que estão: abandonados, doentes, quase mortos.
Que o pacto não seja mais um pato.